Para o bilionário, a relação tecnológica entre os países é “desequilibrada” e que “algo precisa mudar”
O bilionário Elon Musk criticou o banimento da rede social X (antigo Twitter) na China, se opondo à falta de reciprocidade na relação tecnológica entre os Estados Unidos e o país asiático. O empresário disse ainda que era contra o banimento do TikTok no território estadunidense, mesmo que a medida beneficiasse sua rede social.
No último domingo (19.jan.2025) Musk disse, em publicação no seu perfil na plataforma X, que “algo precisa mudar”. A fala acontece após Donald Trump (Republicano), que toma posse como presidente dos Estados Unidos nesta 2ª feira (20.jan.2025), afirmar que “muito provavelmente” estenderia o prazo para o ByteDance, grupo de tecnologia chinês, se desfazer do TikTok.
“Há muito tempo que sou contra a proibição do TikTok, porque vai contra a liberdade de expressão. Dito isto, a situação atual em que o TikTok pode operar na América, mas o 𝕏 não pode operar na China, é desequilibrada. Algo precisa mudar”, escreveu Musk.
Ao ser questionado sobre os comentários de Elon Musk, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, afirmou nesta 2ª feira (20.jan) que Pequim acolhe bem qualquer empresa que cumpra as suas leis e que os grupos chineses no estrangeiro são obrigados a seguir as regras locais. A informação foi divulgada pelo Financial Times.
Sobre a proposta de Trump sobre o TikTok, que começou a ter o funcionamento do aplicativo restaurado horas após ser banido, Mao disse que os grupos chineses deveriam “decidir de forma independente” sobre operações e negócios.
Ainda no último domingo (19.jan) Elon Musk encontrou com o vice-presidente chinês Han Zheng, que será o representante de Xi Jinping na posse de Trump.
“Han conheceu Elon Musk, e deu as boas-vindas às empresas norte-americanas, incluindo a Tesla, para aproveitarem as oportunidades e partilharem os frutos do desenvolvimento da China”, informou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua. Han descreveu os negócios dos EUA como a “espinha dorsal” das relações entre os países e convidou as empresas a “desempenhar um papel ativo como ponte” nas relações EUA-China, disse a agência.