Líder ucraniano vai se reunir com representantes dos Estados Unidos na Arábia Saudita, segundo informou em postagem no X
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou na 6ª (7.mar.2025) que o país está “totalmente comprometido” a estabelecer “diálogos construtivos” com os Estados Unidos nas negociações para encerrar o conflito com a Rússia. Em publicação no X, o líder ucraniano disse que espera “discutir e concordar com as decisões e etapas” das conversas que acontecem na Arábia Saudita na próxima semana.
Zelensky visitará o país do Oriente Médio na próxima 2ª feira (10.mar). Vai se encontrar com o príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman. Representantes diplomáticos e militares da Ucrânia vão ficar para uma reunião com a equipe norte-americana, marcada para 3ª feira (11.mar).
A delegação ucraniana incluirá o ministro das Relações Exteriores Andrii Sybiha, o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, e o ministro da Defesa Rustem Umerov. Steve Witkoff, enviado especial de Donald Trump para as negociações sobre o conflito.
Em fevereiro, a Arábia Saudita recebeu uma reunião entre representantes da Rússia e dos Estados Unidos, onde foram discutidas possibilidades para a interrupção da guerra. Na ocasião, representantes ucranianos e da União Europeia não foram incluídos nas conversas.
No último encontro entre Ucrânia e Estados Unidos, no dia 28 de fevereiro, Volodymyr Zelensky e Donald Trump discutiram na Casa Branca, em Washington. Trump acusou o presidente ucraniano de “flertar” com a possibilidade de uma 3ª Guerra Mundial ao resistir a um acordo para encerrar o conflito com a Rússia. Durante a reunião, pressionou Zelensky a aceitar um cessar-fogo e disse que ele estaria “apostando com a vida de milhões de pessoas”. O presidente da Ucrânia retrucou, acusando o republicano de adotar uma postura mais branda em relação ao líder russo Vladimir Putin.
Na última 2ª feira (3.mar), os Estados Unidos suspenderam o apoio militar à Ucrânia. Algumas horas após o anúncio, na 3ª (4.mar), Zelensky declarou que o país estaria pronto para “sentar à mesa de negociação o mais rápido possível” para construir “uma paz duradoura”.