Encontro pode ser realizado na 4ª feira (23.jul) em Istambul, após 7 semanas sem diálogo entre os países
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro), anunciou nesta 3ª feira (22.jul.2025) que uma nova reunião com a Rússia para retomar as negociações de paz será realizada em breve em Istambul, na Turquia. Ele disse ter recebido a informação de Rustem Umerov, secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia.
O encontro marca a retomada do diálogo entre os 2 países, interrompido desde 2 de junho. “A Ucrânia está pronta […] para uma reunião de líderes para realmente pôr fim a esta guerra”, disse o presidente ucraniano em eu perfil do X (ex-Twitter).
Segundo a Reuters, a reunião pode ser realizada já na 4ª feira (22.jul). O Kremlin ainda aguarda confirmação oficial da data, mas destacou que os lados permanecem opostos.
“Temos um rascunho de memorando, a Ucrânia tem outro. Vamos discutir, mas os textos ainda são diametralmente opostos”, declarou o porta-voz do governo russo.
Umerov, que chefiará a delegação ucraniana, também conduziu as duas primeiras rodadas de negociações com a Rússia em Istambul, nos dias 16 de maio e 2 de junho. A agência russa RIA informou que as conversas podem se estender até 5ª feira (24.jul) ou 6ª feira (25.jul).
As rodadas anteriores resultaram na troca de milhares de prisioneiros de guerra e restos mortais de soldados. Apesar disso, a Rússia segue atacando cidades ucranianas com mísseis e drones.
Cessar-fogo
A reunião será realizada diante da pressão internacional por um cessar-fogo imediato. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), ameaçou impor novas sanções à Rússia e a países que comprarem suas exportações, caso o conflito não termine em 50 dias.
A Ucrânia apoia o apelo por um cessar-fogo imediato. Zelensky definiu as prioridades da Ucrânia para as negociações: “A agenda do nosso lado é clara: o retorno de prisioneiros de guerra, o retorno de crianças sequestradas pela Rússia e a preparação de uma reunião de líderes”.
Já Moscou exige que Kiev reconheça a anexação de 4 regiões antes de qualquer acordo.