Esta é a 2ª vez em janeiro que a passagem em Pacaraima é fechada; a 1ª se deu durante a posse de Nicolás Maduro
A fronteira entre Brasil e Venezuela foi fechada nesta 4ª feira (22.jan.2025) para a realização de exercícios militares do país vizinho. É a 2ª vez em menos de 1 mês que a passagem, localizada em Pacaraima (norte de Roraima), é bloqueada.
A ação é parte da operação “Escudo Bolivariano 2025”, que marca o 1º exercício “popular militar policial” de 2025 na Venezuela. O objetivo declarado pelo presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) é reforçar a paz e a democracia no país.
O exercício, iniciado nesta 4ª feira (22.jan) e previsto para durar até 5ª feira (23.jan), suspendeu o tráfego de veículos e pedestres, com cones sendo colocados ao longo da fronteira. Vídeos compartilhados por internautas nas redes sociais mostram militares venezuelanos no local.
Assista:
❗ATENÇÃO
Venezuela fechou a fronteira com o Brasil em suposto exercício militar, e tropas de Maduro teriam entrado no território brasileiro. Fonte Paracaraima Notícias pic.twitter.com/98yswJcb0n
— Notícias e Guerras (@NoticiaeGuerra) January 22, 2025
Houve outra interrupção no fluxo entre os países em 10 de janeiro, durante a posse de Maduro para seu 3º mandato. O Brasil não reconhece a reeleição de Maduro nem a vitória da oposição nas eleições.
“Escudo Bolivariano”
Os exercícios “Escudo Bolivariano” são realizados em todo o território venezuelano e mobilizam cerca de 150 mil militares. A operação é coordenada pelo Alto Comando Militar, com a participação dos 5 braços das Forças Armadas e do Ministério da Defesa. A edição de 2025 é a 10ª do evento, realizado anualmente.
Maduro anunciou os exercícios militares um dia antes da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), na 2ª feira (20.jan). O opositor Edmundo González Urrutia, da Plataforma Unitária Democrática (centro-direita), esteve presente na cerimônia, em Washington D.C.
Tanto Trump quanto o ex-presidente Joe Biden (Partido Democrata) não reconhecem a vitória de Maduro e consideram González o legítimo presidente da Venezuela.