Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) foi críticada por indagar o tenente-coronel Mauro Cid durante a CPI do 8 de Janeiro
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) disse nesta 3ª feira (11.jul.2023) que o coronel Carlos Brilhante Ustra sentiria inveja das críticas que a intitulam como torturadora. O militar foi ex-chefe do DOI-Codi e um dos principais artífices do processo de tortura a opositores conduzido durante o período da ditadura militar.
“Será que neste caso posso me sentir lisonjeada quando ‘machões’ me classificam como ‘torturadora’?”, questionou Thronicke em seu perfil no Twitter. A senadora foi alvo de críticas em virtude da sua participação na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro ao indagar o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid.
Por fim, a congressista disse: “Mas chega de ‘mi mi mi’, meus caros! Vão chorar até quando?”. Ao ser abordada por um perfil que questionou “de onde tiraram isso”, Thronicke respondeu: “Estão dizendo por aí que ‘torturei’ Mauro Cid! Ustra sentiria inveja“.
A senadora perguntou ao tenente-coronel qual dos dois “pais” ele considerava mais, Mauro Cesar Cid ou Jair Bolsonaro. Ela fez referência à entrevista que Bolsonaro deu à Jovem Pan em 3 de julho, na qual afirmou que considerava Cid como um filho.
“Eu digo pro senhor, não precisa responder. O senhor considera Jair Bolsonaro o seu pai. O senhor nega o seu pai, nega a sua família”, disse Thronicke durante a sessão. Cid permaneceu calado durante todo seu depoimento e não respondeu a nenhuma pergunta dos congressistas.