Segundo os Bombeiros, mais 5 pessoas ficaram feridas; assista a vídeo que mostra como ficou o interior do templo
Uma jovem de 26 anos morreu depois de ser atingida pelo desabamento parcial do teto da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como “igreja de ouro”, no Centro Histórico de Salvador, na tarde desta 4ª feira (5.fev.2025). Outras 5 pessoas ficaram feridas.
A vítima, identificada como Giulia Righetto, de 26 anos, estava na cidade a turismo. Publicitária, ela trabalhava como analista de marketing na empresa Mondelez.
Assista:
Defesa civil interdita Igreja do São Francisco após desabamento de parte do teto e morte de uma fiel. Há quase dois anos, há denúncias de que estava sob risco a estrutura do imóvel, que é patrimônio imaterial do Brasil. Imagens: Sosthenes Macedo (Codesal) pic.twitter.com/jFdPfwf4Xh
— Pablo Reis (@opabloreis) February 5, 2025
O desabamento se deu em um momento de visitação, sem celebração de missa.
Segundo o Corpo de Bombeiros da Bahia, 30 militares foram deslocados até a ocorrência nesta tarde. O DPT (Departamento de Polícia Técnica) foi acionado para identificar as vítimas e tomar os procedimentos legais. As polícias Civil e Militar, o Codesal (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e a Defesa Civil de Salvador) também deram apoio, além de outros órgãos estaduais e federais. Leia a íntegra da nota dos bombeiros:
“Trinta bombeiros militares de diversas unidades operacionais, além de duas ambulâncias do 12º BBM/Salvar e uma viatura auto bomba tanque salvamento (ABTS) atuaram no desabamento do teto da Igreja São Francisco de Assis, no Pelourinho, em Salvador, na tarde desta quarta-feira (5). Cinco pessoas ficaram feridas e uma morreu no desabamento, equipes do departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado foram acionados para identificação e demais procedimentos legais. As polícias Civil e Militar, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e a Defesa Civil de Salvador (Codesal) também deram apoio da ocorrência, além de outros órgãos estaduais e federais.”
IGREJA DE OURO
A Igreja de São Francisco de Assis foi fundada no início do século 18, é tombada como Patrimônio Material do Brasil e considerado uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo. Contudo, já apresentava sinais de degradação, como pinturas e teto desgastados, pilastras sem reboco e piso desnivelado, segundo reportagem do g1.
A restauração completa do templo dependia da avaliação e aprovação de um projeto de obra pela comissão técnica do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
O QUE DIZ O GOVERNO FEDERAL
Por meio de nota, o Ministério da Cultura e o Iphan manifestaram “profundo pesar” pelo desabamento. Afirmou que o imóvel é de propriedade da Ordem Primeira de São Francisco, responsável direta pela gestão e manutenção da edificação, e que o Iphan tem “atuado na preservação do bem”. Leia a íntegra da nota:
“O Ministério da Cultura (MinC) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) manifestam profundo pesar pelo trágico desabamento de parte do forro do teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador (BA), ocorrido nesta quarta-feira (5). O incidente resultou na morte da jovem Giulia Panchoni Righetto e deixou outras seis pessoas feridas. Neste momento de dor, expressamos nossa solidariedade às vítimas, seus familiares e à comunidade local.
“O MinC e o Iphan acompanham de perto a situação, em articulação com as autoridades locais responsáveis pelo atendimento da ocorrência. Equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil estão atuando no local, prestando suporte e apurando as causas do acidente.
“O imóvel é de propriedade da Ordem Primeira de São Francisco, responsável direta pela gestão e manutenção da edificação. O Iphan, enquanto órgão de proteção do patrimônio cultural brasileiro, tem atuado na preservação do bem, com ações como o restauro dos painéis de azulejaria portuguesa, concluído em maio de 2023, e a elaboração do projeto de restauração do edifício, atualmente em andamento.
“O MinC e o Iphan permanecem à disposição para colaborar com as investigações e adotar as medidas necessárias para a preservação e restauração do patrimônio histórico e cultural, reafirmando o compromisso com a proteção da memória nacional.”
Esta reportagem foi produzida pela estagiária em jornalismo Janaína Cunha sob a supervisão da editora-assistente Katarina Moraes.