O secretário de Estado, Marco Rubio, assumirá o cargo interinamente; Waltz será o novo embaixador dos EUA na ONU
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), anunciou nesta 5ª feira (1º.mai.2025) a demissão de Mike Waltz do cargo de conselheiro de Segurança Nacional. Ele assumirá como embaixador dos EUA na ONU (Organização das Nações Unidas). O secretário de Estado, Marco Rubio, acumulará o cargo de conselheiro interinamente.
De acordo com o jornalista Mark Halperin, o motivo para tirar Waltz da função de conselheiro motivo seria o vazamento de informações sigilosas em março sobre um ataque no Iêmen. Informações sobre a operação foram compartilhadas em um grupo do aplicativo Signal que tinha como integrante um jornalista da revista The Atlantic. Além de Waltz, o vice-conselheiro, Alex Wong, também deve deixar o cargo.
“Mike Waltz tem se dedicado a colocar os interesses da nossa nação em 1º lugar. Sei que ele fará o mesmo em seu novo cargo. Enquanto isso, o secretário de Estado Marco Rubio atuará como conselheiro de Segurança Nacional, mantendo sua forte liderança no Departamento de Estado. Juntos, continuaremos a lutar incansavelmente para tornar os Estados Unidos e o mundo seguros novamente”, publicou Trump em seu perfil no Truth Social.
Segundo a pessoas familiarizadas com o caso disseram à CBS News, Trump acredita já ter passado tempo o suficiente desde o “Signalgate” –como o caso ficou conhecido nos EUA– para demitir Waltz e Wong sob a justificativa de uma reorganização do governo. De acordo com a Fox News, mais funcionários do Conselho de Segurança Nacional devem ser demitidos.
RELEMBRE O CASO
Em março, Waltz passou a ser investigado depois de criar um chat no Signal e incluir, por engano, Jeffrey Goldberg, editor-chefe da Atlantic, e revelar discussões com altos funcionários da segurança nacional sobre planos para um ataque militar a alvos houthis no Iêmen.
Goldberg publicou seu relato sobre as mensagens do grupo. Inicialmente, ele omitiu detalhes operacionais, mas publicou-os posteriormente após o secretário de Defesa, Pete Hegseth, a diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, e o diretor da CIA, John Ratcliffe, negarem que qualquer informação confidencial tivesse sido compartilhada no chat.
Depois que Waltz admitiu a portas fechadas a autenticidade da reportagem, funcionários da Casa Branca debateram sua renúncia, mas Waltz não apresentou um pedido e o presidente não ordenou a sua saída. Publicamente, Trump sinalizou seu apoio a Waltz, chamando-o de “um bom homem” que “aprendeu uma lição”.
Embora autoridades do governo argumentem que nenhum detalhe confidencial foi discutido nas mensagens do Signal publicadas pela Atlantic, especialistas em segurança e legisladores disseram ao jornal digital Axios que a confusão de Waltz provocou grandes preocupações sobre a maneira como autoridades do governo norte-americano compartilham e armazenam informações seguras.