Presidente dos EUA pede expansão de iniciativa diplomática que normaliza relações de países árabes com Israel
O presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), defendeu a adesão de mais países árabes aos Acordos de Abraão –iniciativa diplomática que busca normalizar relações com Israel. A manifestação se deu na 5ª feira (7.ago.2025) em uma publicação em seu perfil no Truth Social.
“Agora que o arsenal nuclear ‘criado’ pelo Irã foi totalmente OBLITERADO, é muito importante para mim que todos os países do Oriente Médio adiram aos Acordos de Abraão. Isso garantirá a PAZ NO ORIENTE MÉDIO. Agradeço a atenção a este assunto!”, escreveu.
A declaração contrasta com o cenário atual da região. A intensificação da crise humanitária em Gaza tem elevado a pressão internacional sobre Israel e países aliados, dificultando avanços diplomáticos.
Os Acordos de Abraão foram firmados em 2020, durante o 1º mandato de Trump, e selaram o estabelecimento ou a retomada de relações diplomáticas entre Israel e países como Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão. A iniciativa pretendia isolar o Irã e ampliar a cooperação entre governos árabes e Israel, principalmente em comércio e defesa.
O conflito em Gaza, no entanto, tem afetado diretamente a disposição de países árabes em ampliar ou formalizar vínculos com o governo israelense. A ofensiva militar prolongada é vista por parte da comunidade internacional como desproporcional.
A situação no território palestino, que, no fim de julho, foi caracterizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como o “pior cenário de fome” em 21 meses de ofensiva israelense, dificulta os esforços para expandir os Acordos de Abraão.
Enquanto Trump pressiona por sua ampliação, cresce a resistência de atores globais e regionais a estreitar relações com o governo israelense em meio à ofensiva militar contra o grupo extremista Hamas.