Atingiu o menor patamar desde 2012; a população desocupada não teve variação significativa no trimestre e recuou 15,6% no ano
A taxa de desemprego do Brasil caiu para 6,2% no 4º trimestre de 2024. Atingiu o menor patamar anual da série histórica iniciada em 2012. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 6ª feira (31.jan.2025).
A taxa de desocupação havia sido de 7,4% no último trimestre de 2023. Caiu 1,2 ponto percentual em 1 ano. No 3º trimestre, a taxa era de 6,4%.
O Brasil tinha 8,1 milhões de brasileiros que procuravam emprego no 4º trimestre do ano passado. Não houve variação em relação ao 3º trimestre. Em comparação a 2024, a taxa apresentou queda de 15,6%, totalizando 6,8 milhões de pessoas desocupadas.
As estatísticas fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada mensalmente pela IBGE.
Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o cargo, a taxa de desemprego era de 7,9%. Naquela época, era o menor patamar anual desde 2014.
O mercado de trabalho brasileiro está aquecido. O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 3,2% em 2023 e deve acelerar em 2024, segundo as projeções. O resultado oficial será divulgado pelo IBGE em março.
SUBUTILIZAÇÃO
A taxa de subutilização foi de 15,2% no trimestre encerrado em dezembro. Não houve variação significativa ante o trimestre anterior, mas registrou queda de 1,2 p.p em 1 ano.
Há 17,8 milhões de pessoas subutilizadas, o que é o menor número desde o trimestre móvel encerrado em maio de 2015. A quantidade caiu 2,3% (menos 415 mil) no trimestre e 10,9% (2,2 milhões a menos) em 1 ano. O subutilizado é aquele que está desempregado, trabalha menos do que poderia ou não procurou emprego mesmo que esteja disponível para trabalhar.
A população desalentada –que deixa de procurar emprego por não acreditar que conseguirá– foi de 3,0 milhões, registrando o menor nível desde o trimestre encerrado em abril de 2016 (2,9 milhões). O número ficou estável no trimestre. Caiu 12,3% em 1 ano (menos 425 mil pessoas).