O vencedor das eleições Friedrich Merz sinaliza que novas tarifas dos EUA exigem o corte de impostos e desregulamentação da economia alemã
O DAX, principal índice de ações da Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha, caiu 4,13% nesta 2ª feira (7.abr.2025), chegando à mínima de 10%, com o temor do impacto das tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicanos).
A maior economia da Europa é uma das mais afetadas pelo tarifaço norte-americano. Tudo isso enquanto o país passa por uma transição de governo. O vencedor das eleições, Friedrich Merz (CDU, centro-direita), ainda não conseguiu aprovar sua coalizão para comandar o país. O pleito foi há 45 dias.
Para o futuro chanceler alemão, essa situação demanda que o foco das negociações do novo governo seja a restauração da competitividade econômica do país.
“A situação nos mercados internacionais de ações e títulos é dramática e ameaça piorar”, afirmou Merz nesta 2ª feira (7.abr) em seu perfil no X. Na mesma postagem, o líder conservador também falou sobre as propostas apresentadas para a desregulamentação econômica.
“Precisamos de reduções fiscais para as empresas e os cidadãos, uma redução notável da burocracia paralisante, uma redução dos preços da energia e uma estabilização dos custos dos sistemas de segurança social”, declarou Merz.
Temor do mercado às tarifas
Os principais itens exportados pela Alemanha são máquinas, produtos químicos e veículos, e os Estados Unidos são um dos principais destinos. Com as altas nos preços de energia, os produtos alemães se tornaram menos competitivos no mercado norte-americano. Soma-se a isso a nova tarifa de 20% ao país.
Com esse choque de mercado, houve uma urgência para às negociações de coalização entre os CDU (União Democrata Cristã), partido de centro-direita de Merz, e os SPD (Partido Social Democrata), de centro-esquerda, do atual chanceler Olaf Scholz.
De acordo com o site alemão Stern, as negociações da coalizão foram pausadas nesta 2ª feira (7.abr) depois de reuniões entre Merz, Scholz e líderes dos 2 parudos. O futuro chanceler quer fazer consultas sobre respostas às medidas dos EUA.