Republicano disse que os EUA possuem “enormes deficits financeiros” e que esse cenário só pode ser revertido por meio das taxas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), classificou neste domingo (6.abr.2025) como uma “coisa linda de se ver” o pacote de tarifas, anunciado na 4ª feira (2.abr), aplicado a produtos de 185 países. A declaração foi feita em publicação em seu perfil na Truth Social, sua própria rede social, 4 dias depois de as taxas começarem a valer.
No texto, Trump afirma que o país tem “enormes deficits financeiros com a China, a União Europeia e muitos outros” e que a única forma de reverter essa situação é aplicando tarifas a eles. Segundo o presidente, as taxas estão gerando “dezenas de bilhões de dólares” para os cofres norte-americanos.
Ele também criticou o ex-presidente Joe Biden (Democrata), a quem responsabilizou pelos deficits comerciais. O republicano afirmou que as suas medidas econômicas vão reverter o cenário “rapidamente”.
“O superavit com esses países cresceu durante a ‘Presidência’ do sonolento Joe Biden. Vamos reverter isso, e reverter rapidamente. Algum dia as pessoas perceberão que as tarifas, para os Estados Unidos da América, são uma coisa muito linda!”, escreveu Trump.
AS TARIFAS DE TRUMP
Trump defende a taxação de outros países desde a sua campanha eleitoral, em 2024. Segundo ele, os Estados Unidos concedem benefícios às outras nações quando se trata de comércio exterior. O objetivo também é impulsionar a indústria local ao restringir a competitividade.
Medidas para carros importados foram anunciadas em 26 de março. Serão colocadas taxas de 25% para todas as nações que vendem os veículos aos EUA.
As tributações adicionais para aço e alumínio começaram em 12 de março. O valor também é de 25%.
O impacto para o fornecedor brasileiro pode ser significativo, porque os EUA são o maior comprador de aço do Brasil e o 2º maior de alumínio.
Um estudo do Bradesco indica que a taxação pode reduzir as exportações brasileiras em até US$ 700 milhões. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aposta em uma perda maior, de US$ 1,5 bilhão.
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