Governador do Rio de Janeiro discursou em ato ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), defendeu a aprovação do projeto de lei que concede anistia aos presos por envolvimento no 8 de Janeiro. “Esse povo veio de graça para pedir anistia já. O Rio de Janeiro clama ao Brasil: anistia já”, disse Cláudio Castro durante ato organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores em Copacabana.
“O Brasil não precisa de um projeto político para um pequeno grupo, precisa para o seu povo. Eu falei essa semana que esse governo que tá aí tem usado pessoas inocentes presas como forma de deixar a militância unida”, disse Castro em crítica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele também declarou que seu candidato para 2026 será Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030 por abuso de poder e uso indevido de meios de comunicação.
Em seu discurso no ato pela libertação dos presos no 8 de Janeiro, que durou cerca de 40 minutos, Bolsonaro disse que mais partidos apoiam a pauta. “Não é só o PL não, tem gente boa em todos os partidos, o Kassab está ao nosso lado para aprovar a anistia em Brasília”, declarou.
Antes da fala do ex-presidente, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) afirmou que vai protocolar um pedido de urgência para a tramitação do projeto de lei da anistia na Casa Baixa. Esse pedido será apresentado na 5ª feira (20.mar) na reunião semanal do colégio de líderes da Câmara. Sóstenes disse que a quantidade de assinaturas a favor do projeto vai causar “surpresa”.
Bolsonaro declarou que depois da anistia o 8 de Janeiro se tornará uma “data para ser esquecida”. Segundo o ex-presidente, apenas uma minoria se lembrará da data para tentar emplacar uma narrativa “mentirosa” sobre uma tentativa de golpe de Estado da direita.
Assista ao ato (1h35min37s):
Ato em Copacabana
O ato faz parte de uma mobilização para pressionar o Congresso e o STF pela anulação das penas impostas aos envolvidos nos atos extremistas de 8 de Janeiro de 2023.
É a 1ª manifestação desde que a PGR (Procuradoria Geral da República) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe.
O evento foi organizado e financiado pelo pastor evangélico e aliado de Bolsonaro de longa data, Silas Malafaia. É o 3º com o ex-presidente custeada pelo líder religioso. Ele apadrinhou os atos de 25 de fevereiro e de 7 de setembro de 2024, na avenida Paulista (SP).