Ex-presidente criticou a “pressa” do STF em julgar o caso do golpe; 1ª Turma recebeu a denúncia por unanimidade
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta 4ª feira (26.mar.2025) a “pressa” do STF (Supremo Tribunal Federal) para julgar o inquérito da tentativa de golpe de Estado. A declaração se deu minutos antes da 1ª Turma da Corte formar maioria para receber a denúncia contra o ex-chefe do Executivo e outros 7 envolvidos.
Em seu perfil no X, disse que a celeridade é um “atentado jurídico à democracia” para impedi-lo de concorrer às eleições. Sem citar nomes, afirmou que “se realmente acreditassem na democracia que dizem defender, me enfrentariam no voto, não no tapetão”.
“E o motivo? Nem tentam mais esconder. A própria imprensa noticia, abertamente e sem rodeios, que a motivação não é jurídica, mas política: o tribunal tenta evitar que eu seja julgado em 2026, pois querem impedir que eu chegue livre às eleições porque sabem que, numa disputa justa, não há candidato capaz de me vencer”, disse na publicação.
Bolsonaro optou por assistir ao 2º dia de julgamento no Senado, no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ao lado de alguns aliados. No 1º dia, foi ao STF para as sustentações orais e leitura de relatório do ministro Alexandre de Moraes.
Nesta 4ª feira, os ministros Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram para aceitar a denúncia na íntegra e tornar o ex-presidente réu.
Bolsonaro deve se pronunciar depois do fechamento da sessão em coletiva de imprensa, no Senado.