Governador do Estado afirma que seu vice, Ricardo Ferraço, é sua 1ª opção de sucessor, mas que ele deve seguir no MDB
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse que seu partido não tem “nenhum interesse” em se perpetuar no governo capixaba e que o vice-governador Ricardo Ferraço deve permanecer no MDB se for definido como seu candidato à sucessão.
“Nós queremos que o Ricardo fique no MDB. É um partido importante, que ele preside. Não tem nenhum interesse do PSB em se perpetuar na frente do governo”, declarou Casagrande, que também é secretário-geral do partido, em entrevista ao Poder360.
Assista (22min39s):
Casagrande afirmou que Ferraço é sua 1ª opção para sucedê-lo no Palácio Anchieta. “Ele está em uma posição diferenciada, é vice-governador. Eu tenho duas opções no ano que vem: ou eu fico no governo até o fim, ou eu saio para ser candidato ao Senado. Se eu sair para ser candidato, o Ricardo assume o governo”, disse.
Segundo o governador, o vice “conhece o Espírito Santo, a máquina pública, cada município e cada distrito”. Também disse que o emedebista é uma “pessoa séria e decente”. Afirmou ainda haver outros nomes que podem ser escolhidos, mas que a “posição mais destacada e privilegiada” é de Ferraço.
O que falta para bater o martelo, segundo Casagrande, é o “tempo certo”, que será no início do próximo ano: “Neste ano, eu gostaria muito de gastar toda a minha energia produzindo ainda mais”. Disse ainda que, na política, é errado tomar decisões antes ou depois do tempo adequado para elas.
De acordo com o capixaba, o objetivo do PSB nacionalmente é recuperar a bancada de deputados federais perdida nas eleições de 2022. O partido elegeu 32 deputados em 2018 e só 14 em 2022. Hoje, tem 15. “Então, estamos tranquilos em relação ao PSB não ter um candidato a governador do Espírito Santo”, declarou.
Reduto histórico
Como mostrou o Poder360 em novembro de 2024, o Espírito Santo foi o maior reduto do PSB fora do Nordeste nas 5 últimas eleições municipais. Desde 2012, o Estado só não ficou no top 3 do partido em 2016 –quando ficou em 8º.
Em permanência, o Estado só perde para Pernambuco. Foram 4 de 5 eleições municipais figurando entre os 3 maiores redutos, a mesma quantidade de vezes que o Estado das famílias Campos e Arraes. A diferença é que Pernambuco ficou em 1º em todas as 4, enquanto o Espírito Santo variou do 2º ao 3º lugar.
A forte capilaridade está atrelada à gestão estadual. Os partidos que mais governaram o Espírito Santo desde a redemocratização foram o PSB e o MDB –4 vezes cada, sendo que os 4 mandatos do PSB foram nos últimos 6 pleitos estaduais.
Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-brasil/psb-nao-quer-se-perpetuar-no-governo-do-es-diz-casagrande/