“Programa de Tarcísio é ampliar desigualdade”, diz Gleisi

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou neste sábado (6.set.2025) o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e afirmou que o “programa” do ex-ministro da Infraestrutura é indultar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ampliar a desigualdade social no país.

Em publicação em seu perfil no X, Gleisi disse que Tarcísio representa a lógica de mercado que concentra renda “ao custo da injustiça social”. A ministra mencionou a posição do governador durante o leilão do túnel Santos-Guarujá, quando defendeu maior protagonismo do setor privado em obras públicas.

Segundo Gleisi, a obra só será possível porque o Porto de Santos não foi privatizado. A ministra disse ainda que os investimentos previstos no projeto —mais de R$ 5 bilhões, dos quais 85% via PAC 2— mostram que “só o Estado, governado democraticamente, é capaz de reduzir desigualdade”.

“A lógica do mercado é o lucro, a concentração de renda ao custo da injustiça social. Foi o que Bolsonaro e [Paulo] Guedes fizeram, levando o Brasil de novo para o Mapa da Fome, e que Tarcísio, o candidato fantoche, pensa em repetir. Indultar Bolsonaro e aumentar a desigualdade é seu programa de governo. Mas não é o programa do país”, escreveu Gleisi.

O governador de São Paulo não respondeu às críticas até a publicação deste texto.

Tarcísio é hoje o principal nome para substituir Bolsonaro –que está inelegível. O ex-presidente decidirá quem irá apoiar para o Planalto depois do resultado do julgamento. Tarcísio já declarou que seu 1º ato caso fosse eleito e assumisse a Presidência seria conceder um indulto a Bolsonaro.

O governador de São Paulo também é visto como um dos principais responsáveis pela articulação que fez a pauta da anistia ganhar força na Câmara. PL, PP, União Brasil e Republicanos –partido do presidente da Câmara, Hugo Motta (PB)–, apoiam a proposta. Juntas, as siglas têm 242 deputados.

Na 6ª feira (5.set), o governador de São Paulo publicou um vídeo em que defende a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro de 2023 e ao ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto e pode ser condenado por tentativa de golpe.

Assista ao vídeo publicado por Tarcísio (1min):