Construção tem aproximadamente 40 metros de extensão e 2,5 de altura; delimita a área habitada pelos dependentes químicos
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na rua General Couto Magalhães, próximo à estação da Luz, na área conhecida como “Cracolândia” pelo acúmulo de usuários de drogas. A construção tem aproximadamente 40 metros de extensão e 2,5 de altura, e separa a área habitada pelos dependentes químicos da via transitada por carros.
O muro substituiu tapumes de metal e agora delimita um espaço cercados por gradis. Segundo o g1, a ação tem causado críticas de ativistas que definem o muro como um “campo de concentração” das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade pelas drogas.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo negou que a construção do muro teve intuito de “confinamento”. A gestão disse que a construção foi instalada em 2024 para “proteger as pessoas em situação de vulnerabilidade” e “moradores e pedestres”.
“Os tapumes eram quebrados com frequência, oferecendo risco de ferimentos a essas pessoas. Por isso, a substituição por alvenaria. De novo, não há confinamento. Pelo contrário. Para garantir a segurança, acesso e atendimento às pessoas que ocupavam o terreno público, a Prefeitura retirou os tapumes do lado da Rua dos Protestantes, abrindo a área.
E prosseguiu: “O trecho ao lado da Rua Couto de Magalhães foi mantido para proteção das mesmas em decorrência do fluxo de veículos na via e circulação nas calçadas”, disse.
Além da substituição dos tapumes, a Prefeitura disse ter realizado “melhorias” no piso da área ocupada pelos usuários, mas sem detalhar o que teria sido feito. A gestão afirmou que as mudanças foram ações de “assistência e acolhimento às pessoas em vulnerabilidade” que moram no local.