Petroleiras adotam “Golfo da América” depois de decreto de Trump

A britânica BP e a norte-americana Chevron seguem mudança iniciada pelo Google; termo já aparece em balanços financeiros

Seguindo o Google, algumas petroleiras começaram a utilizar o nome “Golfo da América” em seus relatórios financeiros para se referir ao Golfo do México. A mudança se dá depois de um decreto que alterou nomes de lugares e monumentos dos Estados Unidos, assinado pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano).

A petroleira britânica BP (British Petroleum) usou a designação “Golfo da América” pela 1ª vez em seu balanço divulgado nesta 3ª feira (11.fev.2025), ao mencionar suas operações na região. A norte-americana Chevron também incorporou o nome em seu relatório financeiro referente ao 4º trimestre de 2024, publicado em 31 de janeiro.

O Google Maps passou a exibir “Golfo da América” no lugar de “Golfo do México” para os usuários. Nas redes sociais, Trump comemorou a alteração da nomenclatura. “GOLFO DA AMÉRICA!”, escreveu, em seu perfil na Truth Social, junto com uma captura de tela do corpo d’água com o novo nome sendo exibido.

O Google afirmou, em 27 de janeiro, que alteraria o nome do Golfo do México para usuários no mundo todo. O anúncio foi feito pelo perfil “News from Google” no X (ex-Twitter). Na postagem, a empresa disse que, para usuários do México, continuará sendo exibido “Golfo do México”. Para os demais países, os 2 nomes ficarão disponíveis.

O Google utilizou as mesmas convenções em outros casos nos quais existem disputas pela nomenclatura. Conforme apontou a Reuters, fora do Japão e da Coreia do Sul, o mar que banha os países é exibido com 2 nomes: “Mar do Japão (Mar do Leste)”. Em 2012, o Irã ameaçou processar o Google por conta da decisão de retirar o nome “Golfo Pérsico” do Google Maps, deixando o corpo d’água sem nome. Hoje, é exibido como “Golfo Pérsico (Golfo Árabe)” no aplicativo em outros países.

A mudança do nome do Golfo do México era uma promessa de campanha de Trump. Em 7 de janeiro, antes de tomar posse, o republicano afirmou que o novo nome é “bonito” e apropriado porque o México tem um deficit “enorme” com os EUA. A fala se deu entre outros discursos expansionistas do presidente, quando também sugeriu a possibilidade de usar força militar para controlar o Canal do Panamá e a Groenlândia, além de tornar o Canadá o 51º Estado dos EUA.

Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-internacional/petroleiras-adotam-golfo-da-america-depois-de-decreto-de-trump/

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