A fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina nesta 5ª feira (8.mai) sinalizou a escolha do papa Leão 14
Milhares de pessoas se reuniram nesta 5ª feira (8.mai.2025) na Praça de São Pedro, no Vaticano, para ver de perto o 1º pronunciamento público do novo papa. Robert Francis Prevost, 69 anos, apareceu na tradicional varanda do Palácio Apostólico e abençoou a multidão.
O pontífice norte-americano, que escolheu o nome Leão 14, acenou por alguns minutos e falou brevemente sobre unidade, paz, justiça e igreja missionária.
“Estamos todos nas mãos de Deus. Portanto, sem medo, sigamos adiante. Somos discípulos de Cristo, o mundo precisa da sua luz. A humanidade necessita de pontes para sermos um só povo em paz”, disse com aplausos e dos fiéis que acompanharam o momento histórico.
A fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina nesta 5ª feira (8.mai) às 13h07 (horário de Brasília) sinalizou a escolha do novo líder da Igreja Católica, mas a aparição pública marca oficialmente o início de seu pontificado.
Robert Prevost, foi escolhido no 2º dia do conclave, depois da 3ª votação. Ele sucede o papa Francisco, que morreu em 21 de abril, aos 88 anos.
O novo papa nasceu em Chicago (Estados Unidos), em 14 de setembro de 1955, e foi bispo emérito de Chiclayo, no Peru. Nomeado arcebispo pelo papa Francisco em 2023, era cardeal desde 1982.
A escolha do nome papal pode ser uma homenagem ao papa Leão 13, que liderou a igreja de 1878 a 1903. Ficou conhecido como o “papa dos trabalhadores” e defendeu a distribuição de riqueza e intervenção do Estado em favor dos mais pobres.
Leão 14 é um líder agostiniano, ou seja, que segue a vida cristã ao estilo de Santo Agostinho. Essa ordem religiosa tem 6 valores fundamentais: interioridade, verdade, liberdade, amizade, comunidade e justiça solidária.
Robert Prevost é o 1º papa dos EUA, mas construiu grande parte de sua carreira no Peru, onde trabalhou nas décadas de 1980 e 1990, e se naturalizou peruano. É poliglota e tido como um clérigo com habilidades diplomáticas.
Veja fotos do momento em que o papa surgiu na janela para saudar os presentes:
Reprodução/Vatican News – 8.mai.2025
Reprodução/Vatican News – 8.mai.2025
Reprodução/Vatican News – 8.mai.2025
Reprodução/Vatican News – 8.mai.2025
Reprodução/Vatican News – 8.mai.2025
Reprodução/Vatican News – 8.mai.2025
Reprodução/Vatican News – 8.mai.2025
Reprodução/Vatican News – 8.mai.2025
Reprodução/Vatican News – 8.mai.2025
Reprodução/Vatican News – 8.mai.2025
ENTENDA COMO FOI A ESCOLHA DO NOVO PAPA
Os 133 cardeais com direito de voto iniciaram na 4ª feira (7.mai.2025) o conclave, processo de escolha do 267º papa. Eles ficaram isolados na capela Sistina, no Vaticano, durante toda a votação até chegarem a um consenso sobre o sucessor do papa Francisco, que morreu em 21 de abril, aos 88 anos.
São necessários ⅔ dos votos para que um cardeal se tornasse papa. E não tinha um limite de votações.
Na 4ª feira (7.mai), às 5h (horário de Brasília), foi celebrada a missa que antecedeu a única votação do dia. Durante a homilia, o cardeal decano Giovanni Battista Re fez um apelo para que os cardeais recebessem inspiração divina e pudessem escolher um papa que a humanidade precisa.
No mesmo dia, às 11h30, os cardeais se reuniram na capela Paulina, dentro do complexo do Vaticano, para rezar a Ladainha de Todos os Santos. Em seguida, caminharam até a capela Sistina e prestaram juramento de fidelidade ao processo de absoluto sigilo.
Após o juramento, foi feita a tradicional ordem “Extra omnes” — que determina a saída de todos os não envolvidos no conclave. Depois, por volta de 12h45, a capela Sistina foi trancada pelo monsenhor Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, e teve início a votação da escolha do novo papa. A capela também ficou fechada para visitação.
Reprodução/YouTube – VaticanNews – 7.mai.2025
Reprodução/YouTube – VaticanNews – 7.mai.2025
Reprodução/YouTube – VaticanNews – 7.mai.2025
O Vaticano transmitiu o momento em que os cardeais rezaram a Ladainha de Todos os Santos e os juramentos. Depois, ficou foi exibida a fachada da capela Sistina e a sua chaminé, de onde saiu a fumaça que indicava o resultado de cada votação.
Assista:
Foram preparados cerca de 200 quartos em duas casas de hóspedes para os cardeais. Os aposentos têm uma cama, uma mesa de cabeceira e um armário. Janelas que dão vista para locais externos do palácio foram fechadas temporariamente para evitar que os cardeais fossem afetados por elementos externos ao conclave.
A partir do 2º dia de conclave, os cardeais votaram 4 vezes por dia: duas pela manhã e duas à tarde (no horário de Roma). Antes de cada turno de votação, os cardeais tinham que repetir o juramento.
Depois da contagem dos votos, todas as cédulas eram queimadas ao final de cada rodada. A cor da fumaça indicava o resultado. Se fosse preta, significava que não havia definição; se fosse branca, um novo papa havia sido eleito.
O conclave não tem duração definida. Ele poderia durar vários dias ou até semanas. Na eleição de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, os cardeais demoraram 2 dias para chegar a um consenso. Os últimos 5 conclaves não ultrapassaram 3 dias de votação. A eleição mais longa durou 2 anos e 10 meses, no ano de 1268.
Leia mais: