Deputado usa seu perfil no X para marcar empresas e compartilha o perfil de funcionários, chamados por ele de “verdadeiros extremistas”
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou na 6ª feira (12.set.2025) o início de uma campanha no Brasil para pressionar empresas a demitirem funcionários que tenham comemorado nas redes sociais o assassinato do ativista de direita norte-americano Charlie Kirk.
“O movimento começou: demita os verdadeiros extremistas de sua empresa. Denuncie”, escreveu o congressista em seu perfil no X (ex-Twitter). Ele tem 5,2 milhões de seguidores na rede social e 18,4 milhões no Instagram.
Nikolas compartilhou perfis que publicaram nas redes sociais mensagens comemorando ou ironizando a morte de Kirk. O deputado marcou as contas das empresas onde os internautas trabalham para pressionar pela demissão.
“Eu iniciei um movimento aqui no Brasil conclamando as empresas a demitirem funcionários que estejam comemorando, apoiando ou incentivando a morte de opositores políticos –especialmente aqueles que são servidores públicos”, escreveu em inglês.
Em uma das publicações, Nikolas escreveu: “Neurocirurgião de Recife comemorando a morte de um pai inocente [em referência a Kirk]. Imagina deixar sua vida nas mãos desse médico? O que ele seria capaz se descobrisse que o paciente é de direita?”.
Depois, o deputado publicou uma nota em que o Cremepe (Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco) informa que apurará o caso. “Em breve, mais um extremista de esquerda que ficará sem emprego”, disse Nikolas.
O congressista também deu os parabéns a Recife Day Clinic por ter anunciado que o profissional de saúde foi “banido definitivamente das atividades” da clínica. “Essas pessoas não podem cuidar de outras pessoas”, declarou Nikolas.
O deputado também cobrou a Vogue Brasil a demitir uma de suas funcionárias que publicou uma mensagem em que estava escrito “eu amo quando fascistas morrem em agonia”.
Na postagem no X, Nikolas marcou a versão norte-americana da revista de moda e questionou, em inglês: “Você também concorda com esse comportamento?”
MORTE DE CHARLIE KIRK
Charlie Kirk, 31 anos, morreu depois de ser atingido por um tiro no pescoço na 4ª feira (10.set) enquanto participava de um evento ao ar livre na Universidade Utah Valley, nos Estados Unidos.
O FBI prendeu na 6ª feira (12.set) Tyler Robinson, 22 anos, que confessou ser o autor do homicídio. Robinson se entregou com a intermediação de familiares e amigos.
O ataque na 4ª feira (10.set) se deu por volta das 12h10 (horário local), quando um disparo foi efetuado de aproximadamente 200 metros de distância. O tiro partiu de um telhado próximo ao local onde Charlie discursava.
No momento do ataque, Kirk respondia a uma pergunta, parte do debate “Prove Me Wrong” (“Prove que estou errado”, em tradução livre), sobre violência armada e pessoas transgênero nos EUA.
O ataque se deu durante a turnê “The American Comeback Tour” da TPUSA, uma série de palestras que levava Kirk a diversos campi universitários nos EUA.
O presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), que fez um pronunciamento à nação a respeito da morte de Kirk, disse que espera que o assassino receba como punição a pena de morte.
Em Utah, execuções por fuzilamento e injeção letal são permitidas.