Ex-presidente está em prisão domiciliar desde 2ª feira; na semana, já tinha autorizado a visita de filhos e netos, além de aliados políticos
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou 8 familiares do ex-presidente Jair Bolsonaro a visitá-lo neste domingo (10.ago.2025), quando será comemorado o Dia dos Pais. Eis a íntegra do novo despacho (121 kB) publicado na 6ª feira (8.ago).
Na 2ª feira (4.ago), Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente e restringiu visitas à casa onde Bolsonaro mora em Brasília. O ministro atendeu ao pedido feito pela defesa do ex-presidente para incluir novos parentes na lista de visitantes. Moraes já tinha decidido na 4ª feira (6.ago) que filhos e netos não precisam de autorização prévia para as visitas.
Foram autorizados a visitar Bolsonaro o sogro Vicente de Paulo Reinaldo; a sogra Maisa Torres Antunes; a nora Fernanda Antunes; uma neta do ex-presidente, além de 2 sobrinhos e um irmão de criação da ex-primeira dama Michele Bolsonaro.
Leia a lista completa de pessoas que foram autorizadas:
Vicente de Paulo Reinaldo – sogro de Jair Bolsonaro;
Maisa Torres Antunes – sogra de Jair Bolsonaro;
Arthur Torres Dourado – sobrinho de Michelle;
Alice Torres Dourado – sobrinha de Michelle;
Carlos Eduardo Antunes Torres – irmão de criação, filho da madrasta de Michelle;
Fernanda Antunes Figueira – nora;
Martha Seillier – economista que tem uma filha com Carlos Bolsonaro;
Julia Seillier Bolsonaro – neta.
Conforme determinação de Moraes, as pessoas que forem autorizadas a visitar o ex-presidente não poderão usar celular para tirar fotos ou gravar imagens.
As medidas foram decretadas após o ministro entender que Bolsonaro usou as redes sociais de seus filhos para burlar a proibição, inclusive por intermédio de terceiros.
Em 3 de agosto, Carlos, Flávio e Eduardo, filhos do ex-presidente, publicaram em suas redes sociais postagens de agradecimento de Bolsonaro aos apoiadores que compareceram aos atos realizados em diversas cidades do país.
As medidas cautelares foram determinadas no inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado pela sua atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo.
Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política.
Nesse processo, o ex-presidente é investigado por mandar recursos, via Pix, para bancar a estadia de seu filho no exterior.
Bolsonaro também é réu na ação penal que investiga a tentativa de golpe em 2022 no Supremo. O julgamento deve ser realizado em setembro.