Itamar Ben-Gvir, ministro da segurança nacional, disse que não concordará com “um acordo promíscuo” e por isso se demitiu
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, e outros 2 ministros do partido Otzma Yehudit renunciaram aos seus cargos no governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu neste domingo (19.jan.2025). A decisão foi motivada pela oposição ao acordo de cessar-fogo com o Hamas, que entrou em vigor no mesmo dia.
Por meio de uma publicação em suas redes sociais, Ben-Gvir compartilhou o comunicado sobre a saída dos 3 ministros e escreveu: “Não concordaremos com um acordo promíscuo. Eu e os meus amigos em Otzma Yehudit submetemos as nossas cartas de demissão do governo e da coligação esta manhã”.
אצלנו מילה זו מילה, לא נסכים לעסקה מופקרת. אני וחבריי בעוצמה יהודית הגשנו הבוקר את מכתבי ההתפטרות מהממשלה והקואליציה. pic.twitter.com/8RGFWVny0T
— איתמר בן גביר (@itamarbengvir) January 19, 2025
Além dos 3 integrantes do partido Otzma Yehudit, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, também manifestou oposição ao acordo de paz, mas não renunciou até a tarde deste domingo (19.jan). Ele afirmou, no entanto, que deixará a coalizão governamental juntamente com o seu partido, o Sionismo Religioso, caso Israel encerre completamente a guerra antes de destruir o Hamas.
“Recebi um compromisso de que não será feito qualquer acordo que impeça Israel de alcançar todos os seus objetivos. A destruição do Hamas e o retorno de todos os reféns permanecem prioridades”, declarou Smotrich em sua página no Facebook.
CESSAR-FOGO E LIBERAÇÃO DE REFÉNS
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor às 6h15 (horário de Brasília) –11h15 no horário local– deste domingo (19.jan) . Houve atraso de 3h, pois o grupo extremista não enviou a lista com os nomes dos reféns que seriam libertados, um dos termos acordados.
A pausa estava programada para começar às 8h30 no horário local (3h30 em Brasília). Com o atraso, as FDI (Forças de Defesa de Israel) bombardearam algumas regiões da Faixa de Gaza.
Por volta das 6h15,o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), confirmou no X (ex-Twitter) ter recebido a lista dos reféns e que o cessar-fogo teria início.
O governo de Israel aprovou na 6ª feira (17.jan) o acordo com o Hamas, depois de 2 dias de impasses, marcando um avanço para o término do conflito que dura mais de 1 ano. O texto foi costurado por Qatar, Egito e EUA. Foi anunciado na 4ª feira (15.jan). Entenda como funciona o acordo aqui.