Ministro determinou que a defesa do general envie o material até 15h de 2ª feira (1º.set) para entender quais equipamentos seriam necessários
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), deferiu neste domingo (31.ago.2025) o pedido da defesa de Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e réu na ação penal por tentativa de golpe de Estado, para usar material audiovisual durante a sustentação oral. O julgamento está marcado para começar na 3ª feira (2.set) pela 1ª Turma da Corte.
Segundo o despacho, a defesa poderá apresentar datashow, slides e vídeos como parte da argumentação. Para isso, o material deve ser enviado à Secretaria da 1ª Turma do STF até as 15h de 2ª feira (1º.set). O objetivo é permitir a verificação técnica e definir quais equipamentos serão necessários para a exibição durante a sessão.
“Nos termos do art. 21 do Regimento Interno desta SUPREMA CORTE, DEFIRO o requerimento formulado, devendo a Defesa de AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA enviar para a Secretaria da Primeira Turma o material a ser apresentado na sustentação oral até o dia 1/9, às 15h00, para verificação da adequação técnica”, escreveu Moraes.
JULGAMENTO
O general faz parte do chamado “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O grupo foi acusado pela PGR (Procuradoria Geral da República) de praticar os crimes de organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
O “núcleo crucial” da trama golpista será julgado pela 1ª Turma do STF, composta por 5 dos 11 ministros da Corte:
Alexandre de Moraes, relator da ação;
Flávio Dino;
Cristiano Zanin;
Cármen Lúcia;
Luiz Fux.
Além de Bolsonaro e Heleno, outros 6 réus também serão julgados no processo que analisa tentativa de golpe de Estado em 2022. São eles:
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.