Ministra do STF votou nesta 5ª feira (11.set) pela condenação do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado
Políticos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiaram, nesta 5ª feira (11.set.2025), o voto da ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos outros 7 réus por tentativa de golpe de Estado. Por maioria de 4 a 1, a 1ª Turma da Corte condenou os 8 réus.
A ministra iniciou o voto declarando que o julgamento da tentativa de golpe de Estado representa um “encontro do Brasil com o seu passado”. Para ela, a ação é inédita tanto pelos crimes apontados pela PGR quanto pela circunstância de reafirmar que “a lei deve ser aplicada a todos”.
Leia as reações abaixo:
Talíria Petrone (Psol-RJ), deputada federal:
Sâmia Bonfim (Psol-SP), deputada federal:
Rogério Correia (PT-MG), deputado federal:
Maria do Rosário (PT-RS), deputada federal:
Lindbergh Farias (PT-RJ), deputado federal:
Erika Kokay (PT-DF), deputada federal:
Erika Hilton (Psol-SP), deputada federal:
Duda Salabert (PDT-MG), deputada federal:
Humberto Costa (PT-PE), senador:
Assista ao 5º dia do julgamento de Bolsonaro:
Leia mais sobre o julgamento:
JULGAMENTO DE BOLSONARO
A 1ª Turma do STF julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 réus por tentativa de golpe de Estado.
Votaram pela condenação dos 8 réus: Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Na 4ª feira (10.set), Fux, em uma leitura que levou 12 horas, votou para condenar apenas Mauro Cid e Braga Netto por abolição violenta do Estado Democrático de Direito. No caso dos outros 6 réus, o magistrado decidiu pela absolvição.
Integram a 1ª Turma do STF:
Alexandre de Moraes, relator da ação;
Flávio Dino;
Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma;
Cármen Lúcia;
Luiz Fux.
Além de Bolsonaro, são réus:
Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno, ex-ministro de Segurança Institucional;
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
O núcleo 1 da tentativa de golpe foi acusado pela PGR de praticar 5 crimes: organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Se Bolsonaro for condenado, a pena mínima é de 12 anos de prisão. A máxima pode chegar a 43 anos. Se houver condenação, os ministros definirão a pena individualmente, considerando a participação de cada réu. As penas determinadas contra Jair Bolsonaro e os outros 7 acusados, no entanto, só serão cumpridas depois do trânsito em julgado, quando não houver mais possibilidade de recurso.
Por ser ex-presidente, se condenado em trânsito julgado, Bolsonaro deve ficar preso em uma sala especial na Papuda, presídio federal em Brasília, ou na Superintendência da PF (Polícia Federal) na capital federal.