Levantamento mostra que operação Sem Desconto gerou 2,6 vezes mais menções em grupos de mensagens como WhatsApp e Telegram
A fraude nos descontos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) gerou 2,6 vezes mais repercussão do que a crise envolvendo o Pix em grupos de mensagens como WhatsApp, Telegram e Discord, segundo levantamento da Quaest divulgado nesta 2ª feira (12.mai.2025).
O instituto analisou 3,6 milhões de mensagens publicadas entre 21 de abril e 7 de maio, em 30.000 grupos públicos monitorados. A metodologia utilizada, chamada social listening, permite identificar padrões de volume, engajamento e sentimento em postagens digitais. Leia a íntegra (PDF – 960 kB).
Segundo o estudo, o escândalo do INSS concentrou 2,6 vezes mais postagens nos primeiros 15 dias depois de sua deflagração do que as controvérsias envolvendo a instrução normativa que ampliava a fiscalização sobre transferências acima de R$ 5.000 feitas via Pix, em janeiro deste ano.
Entre as mensagens sobre o INSS, metade tem teor crítico. Notícias são compartilhadas em 47% das postagens, enquanto apenas 3% apresentam defesa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A Quaest identificou 3 picos de menções ao longo do período analisado:
no dia 23 de abril, quando a operação foi deflagrada;
em 29 de abril, com a divulgação do relatório da PF (Polícia Federal);
e em 6 de maio, com a publicação de um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre o tema.
O conteúdo publicado por Nikolas impulsionou um aumento de 204% nas menções ao tema nas últimas 24 horas. O vídeo passou a ser o principal conteúdo compartilhado, chegando a 20% dos links compartilhados sobre as fraudes no INSS.
O caso também superou o número de menções a outros temas de alcance nacional no mesmo período, como a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o projeto de anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-pesquisas/fraude-no-inss-repercute-mais-que-pixgate-diz-quaest/