Secretário de Estado Marco Rubio solicitou que Pequim use influência sobre Teerã para impedir fechamento da rota
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, pediu neste domingo (22.jun.2025) que a China use sua influência para impedir o fechamento pelo Irã do estreito de Ormuz.
Rubio deu a declaração em entrevista à Fox News depois de o Parlamento iraniano aprovar medida para bloquear a passagem marítima, por onde circula cerca de 20% do petróleo e do gás mundial. É a principal rota de exportação de produtos dos países do Golfo Pérsico.
“Eu incentivo o governo chinês em Pequim a contatá-los sobre isso, porque eles dependem fortemente do estreito de Ormuz para seu petróleo”, declarou Rubio ao programa “Sunday Morning Futures with Maria Bartiromo”.
O direito de passagem por águas internacionais é protegido por acordos da ONU (Organização das Nações Unidas). Mesmo assim, o Irã pretende fechar a região unilateralmente em resposta aos ataques dos EUA. Washington atacou instalações nucleares iranianas no sábado (21.jun).
Assista à declaração de Marco Rubio (1min20s):
U.S. Secretary of State Marco Rubio on the possibility of Iran closing the Strait of Hormuz:
“I would urge the Chinese government in Beijing to pick up the phone and talk to them. China relies heavily on oil that passes through the Strait of Hormuz. If Iran takes that step, it… pic.twitter.com/pKP2k206PE
— GeoInsider (@InsiderGeo) June 22, 2025
O secretário de Estado norte-americano afirmou ainda que um possível bloqueio da rota marítima seria “suicídio econômico” para o Irã.
“Se fizerem isso, será outro erro terrível. É suicídio econômico para eles, se fizerem isso. E temos opções para lidar com isso, mas outros países também deveriam estar considerando. Isso prejudicaria as economias de outros países muito mais do que a nossa”, declarou.
A embaixada da China em Washington não se pronunciou imediatamente sobre o pedido norte-americano.
O governo iraniano já prometeu se defender das ações militares dos Estados Unidos. Rubio alertou que qualquer retaliação iraniana seria “o pior erro que já cometeram”, embora tenha mencionado que Washington está disposto a dialogar com Teerã.
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