Mulher trans, a congressista acusa o governo do presidente Donald Trump de transfobia institucional; diz ter o apoio de mais de 150 entidades e políticos brasileiros e estrangeiros
A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) acionou na 3ª feira (29.abr.2025) a ONU (Organização das Nações Unidas) e a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) contra os Estados Unidos depois de ter recebido um visto no gênero masculino.
A congressista, que é uma mulher transgênero, acusa o governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano) de transfobia institucional. Segundo ela, a ação conta com o apoio de mais de 150 entidades, congressistas brasileiros e parlamentares estrangeiros.
Em uma publicação feita em seu perfil no X (antigo Twitter), Erika afirmou que acionou as organizações porque “não são as pessoas covardes que conquistam e preservam direitos” e que como congressista deve ser respeitada ao representar o seu país em uma missão oficial.
A deputada iria palestrar em 12 de abril na Brazil Conference, feita pela comunidade brasileira de estudantes da região de Boston (EUA), em parceria com as universidades Harvard e MIT, mas cancelou a ida para o evento por causa do episódio.
ENTENDA
Segundo Erika, o consulado norte-americano em Brasília desconsiderou sua certidão de nascimento retificada e o passaporte brasileiro, que atestam seu gênero como feminino.
Em janeiro de 2025, Trump assinou um decreto que não reconhece pessoas trans no território dos Estados Unidos. Em seu discurso de posse, o presidente disse que o seu governo adotará só 2 gêneros como política oficial –masculino e feminino.