Variação do produto interno bruto de janeiro a março veio abaixo das expectativas da Secretaria de Políticas Econômicas do Ministério da Fazenda
A Secretaria de Políticas Econômicas do Ministério da Fazenda disse nesta 6ª feira (30.mai.2025) que a economia do Brasil deve crescer próxima da estabilidade na 2ª metade do ano.
“A partir do 2º trimestre de 2025, a contribuição do setor agropecuário para o crescimento deverá se tornar negativa, junto com a redução no ritmo de expansão de atividades cíclicas na comparação interanual”, diz a nota explicativa da secretaria. Eis a íntegra (PDF – 312 kB).
O órgão comentou os dados oficiais do PIB (produto interno bruto), divulgados de manhã pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador cresceu 1,4% de janeiro a março na comparação com os 3 meses anteriores.
Um dos setores que mais puxou o resultado para cima foi o agronegócio, com uma expansão trimestral de 12,2%. A Fazenda agora estima que o setor não deve mais crescer nos meses seguintes.
A equipe econômica avalia que as altas nos juros promovidas pelo Banco Central devem contribuir para o esfriamento da economia por causa da maior restrição do poder crédito.
O produto interno bruto representa a soma de tudo o que o país produziu e consumiu em determinado período. É um dos indicadores mais importantes do desempenho de uma economia. Quando cresce, indica que a economia está aquecida.
A expectativa da Fazenda era uma alta de 1,6% no PIB do 1º trimestre. Ou seja, o resultado oficial veio abaixo das expectativas da equipe do ministro Fernando Haddad.
Para o final do ano, o governo continua à espera de uma alta de 2,4% em 2025. É acima do que calculam economistas, consultorias e empresas do setor financeiro.
A última pesquisa Focus, realizada com os agentes do mercado, sinaliza uma expansão de 2,1% no PIB do Brasil ao final do ano.
“Mesmo com o resultado levemente abaixo do esperado para o crescimento no 1º trimestre, a Secretaria de Política Econômica segue projetando alta de 2,4% para o PIB de 2025”, diz o texto da secretaria.
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