Após três anos de influência no clima global, chegou ao fim em fevereiro o fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial, a La Niña. Com isso, tem início a transição para o El Niño, que deve elevar as temperaturas em todo o planeta.
O fenômeno é um padrão climático que se origina no Oceano Pacífico ao longo da Linha do Equador e afeta o clima em todo o mundo.
A água quente normalmente está confinada no Pacífico ocidental pelos ventos que sopram de leste a oeste, em direção a Indonésia e a Austrália. No entanto, durante o El Niño, os ventos diminuem e podem até inverter a direção, permitindo que a água mais quente se espalhe para o leste, chegando até a América do Sul.
Os cientistas ainda estão procurando uma resposta sobre por que isso acontece, mas a desaceleração desses ventos pode durar semanas ou até meses.
Entre muitos padrões climáticos de grande escala que atuam em conjunto para influenciar o clima global, o El Niño pode ocorrer a cada dois a sete anos, em intensidade variável. Durante o fenômeno, as águas do Pacífico oriental podem ser até 4 graus Celsius mais quentes do que habitual.
Impacto no Brasil
Desde o início de outono, começaram mudanças no regime de chuvas no Brasil. De acordo com o Climatempo, em junho, o Oceano Pacífico equatorial deverá estar com temperaturas acima da média em toda a faixa, principalmente próximo da América do Sul.
“O El Niño deverá se instalar de fato a partir de julho, e sua influência será notada a partir de agosto, como o aumento das chuvas na região Sul, diminuição no extremo norte e elevação das temperaturas, que tendem a ficar acima da média na metade da região Norte do país a partir de julho”, acrescenta o Climatempo. “Estima-se que seja um El Niño de intensidade moderada neste período. Estamos monitorando se será de maneira forte no próximo verão”.
Durante o outono, é comum observar o avanço da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) pelo Sudeste, que favorece períodos mais secos entre as áreas centrais e parte do Sudeste do País, típicas da estação. Há ainda a formação de frentes frias e de instabilidades mais para o Sul do Brasil, Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste, e São Paulo, na região Sudeste.
O El Niño costeiro deve impactar ainda no aumento de chuva em parte do Sul do Brasil, entre Santa Catarina e o Paraná, parte de Mato Grosso do Sul e de São Paulo.
El Niño proporciona estudo global dos opostos
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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