Pentágono afirmou que a operação “Midnight Hammer” demandou meses de planejamento
O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos explicou domingo (22.jun.2025) as etapas de planejamento e execução da operação contra 3 instalações nucleares no Irã.
Os alvos foram os complexos de Fordow, Natans e Isfahan, considerados componentes cruciais do programa nuclear iraniano. Abrigam tecnologias de enriquecimento de urânio e desenvolvimento nuclear. Leia mais nesta reportagem.
Pete Hegseth, secretário de Defesa dos Estados Unidos, afirmou que o Exército passou meses planejando a operação Midnight Hammer (Martelo da Meia-Noite, em português).
O chefe do Estado-Major Conjunto dos Estados Unidos, Dan Caine, declarou que a operação foi altamente sigilosa. As comunicações por meios eletrônicos foram minimizadas propositalmente.
Eis o detalhamento das operações por instalação nuclear:
ISFAHAN
distração – de 6ª feira para sábado, os aviões B-2 saíram do aeroporto de Whiteman AFB, em Missouri. Parte da frota foi para o oceano Pacífico, no Ocidente, como forma de distração. Esse movimento chamou a atenção da mídia;
plano – ao mesmo tempo, 7 aviões B-2, cada um com 2 tripulantes, voaram no sentido oposto, em direção ao Irã;
discrição – o voo durou 18 horas. Os aviões se encontraram com uma aeronave de apoio, com o mínimo possível de comunicações para evitar vazamentos;
ataque marítimo – na noite de sábado, antes da frota de aviões entrar em território iraniano, um submarino dos EUA lançou mais de 24 mísseis contra estruturas de infraestrutura da instalação nuclear de Isfahan;
ataque – quando os aviões B-2 entraram no Irã, os EUA utilizaram táticas de disfarce. Dois aviões voaram em frente à frota oficial, com maior altitude e velocidade, em busca de aeronaves inimigas;
ataque final – o último disparo em direção à instalação nuclear foi com o míssil tomahawk, de alta capacidade e conhecido como “destruidor de bunkers”.
FORDOW E NATANZ
2ª etapa – em seguida, os aviões foram para Fordow e Natanz, ainda utilizando táticas de disfarce;
bombas – na madrugada de domingo, um avião B-2 jogou duas bombas GBU-57, que têm capacidade de perfurar bunkers, em Fordow;
ataque final – outros aviões atingiram os alvos restantes do complexo. Ao todo, utilizaram 14 bombas;
retorno – depois, retornaram para os EUA.
EFEITOS
Segundo Caine, as 3 instalações passaram por “danos severos”. Porém, o comandante evitou dizer que os complexos foram completamente destruídos, como fez Trump. Quando o ataque foi concluído, o republicano publicou nas redes sociais: “Fordow já era”.
“Parece que o sistema de mísseis do Irã não nos viu”, declarou o general. Segundo ele, não houve nenhum registro de disparos contra os aviões dos EUA durante a ofensiva.
Esta foi a maior operação utilizando aviões B-2 na história dos EUA.
“Os Estados Unidos não buscam a guerra, mas vão atuar rapidamente quando sua população, seus aliados ou seus interesses estiverem ameaçados. O Irã deve ouvir o presidente”, declarou Pete Hegseth.
Fonte: https://www.poder360.com.br/brasil/entenda-como-os-eua-atacaram-o-ira-sem-serem-detectados/