Ministra defende medidas do governo Lula e diz que os Estados devem colaborar na redução dos preços dos alimentos
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta 3ª feira (25.mar.2025) que os preços dos alimentos devem baixar nos próximos 60 dias, em reação às medidas adotadas pelo governo federal. Ela deu a declaração durante o programa “Bom Dia, Ministra”, produzido pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação).
De acordo com Tebet, a alta de preços se deve a fatores como mudanças climáticas e quebras de safra, inclusive em outros países produtores.
“Os alimentos que mais subiram são aqueles produtos que são mais caros para o coração ou para o paladar do povo brasileiro, que é o ovo, o café”, disse Tebet. “Mas na safra do ano que vem teremos alívio. O agronegócio brasileiro esse ano vem muito forte e dará, inclusive, sustentabilidade ao nosso PIB [Produto Interno Bruto]. Ouso dizer que vamos crescer acima das projeções que nós mesmos estamos fazendo, porque teremos uma safra muito forte que vai ajudar no crescimento, na geração de emprego e renda e no barateamento dos alimentos”, disse.
Medidas
Segundo a ministra, o governo tem adotado “as medidas certas, na medida certa”, para, no futuro, conseguir baixar o preço dos alimentos. “Seria muito perigoso segurar o preço agora para, depois de 6 meses ou 1 ano, o preço explodir”, afirmou. Disse que “em 60 dias, os preços começam a cair no supermercado”.
Entre as medidas apoiadas pela ministra estão algumas implementadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que muda regras de comercialização de alguns produtos, como ovo, entre diferentes unidades federativas, sem a necessidade de um selo nacional. Bastaria, segundo a ministra, a apresentação, por exemplo, de um selo local.
Estados
Simone Tebet disse ainda que os Estados podem e devem colaborar para viabilizar uma queda no preço dos alimentos.
“Alguns Estados não têm isenção de imposto dos ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]na cesta básica. Tudo bem que não possa fazer pelo ano inteiro, porque isso impacta nas contas deles. Mas nada impede de darem [por um período específico] essa isenção, apertando o cinto. É o que a gente faz, aqui, com os gastos públicos. Com ajustes, cortes de supérfluos, combate a erros e fraudes. É conter do lado que não precisa, para ter do lado que precisa”, declarou.
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Com informações da Agência Brasil.