Republicano da Flórida endossou fala de Trump sobre Bolsonaro e voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) agradeceu nesta 4ª feira (9.jul.2025) o apoio do deputado dos Estados Unidos Cory Mills (Partido Republicano) ao que chamou de “causa da liberdade”.
Mills, que representa o estado da Flórida, repostou no X a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Trump havia pedido que “deixem Bolsonaro em paz” e classificou o processo contra o ex-mandatário como uma “caça às bruxas”.
Segundo o deputado norte-americano, Trump “não é nenhum estranho a perseguições políticas” e declarou estar feliz em vê-lo “defender a liberdade e a democracia no Brasil, enquanto o povo continua a enfrentar crises constantes”.
Em resposta, Eduardo Bolsonaro agradeceu a manifestação e afirmou que “os brasileiros são gratos” a Mills, citando um episódio de maio em que o congressista norte-americano perguntou ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, se o governo avaliava sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Na ocasião, Rubio respondeu que havia uma “grande possibilidade” de isso ocorrer. Eduardo comentou que a fala “desencadeou diversas ações para expor Moraes internacionalmente”.
“DEIXEM BOLSONARO EM PAZ”
A manifestação de Trump foi feita na 2ª feira (7.jul), na Truth Social. O presidente norte-americano criticou o que chamou de “tratamento terrível” dado a Jair Bolsonaro e afirmou estar acompanhando a situação “muito de perto”.
“Deixem Bolsonaro em paz” (“Leave Bolsonaro alone”, em inglês,), escreveu ao final da publicação.
A declaração ocorre no momento em que Bolsonaro é réu no STF por tentativa de golpe de Estado e está inelegível até 2030. Também se insere em um cenário de crescente tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos.
O governo norte-americano avalia a aplicação da chamada Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras. A legislação permite sanções a indivíduos acusados de violações de direitos humanos, com medidas como bloqueio de ativos e restrições a transações financeiras. Se for adotada, a medida pode atingir Moraes, com impacto direto em sua capacidade de operar no sistema financeiro internacional, inclusive em bancos com atuação nos EUA.