Dívida pública sobe 0,71% e atinge R$ 7,94 trilhões em julho

A dívida pública subiu 0,71% em julho na comparação com junho de 2025. Os valores atingem R$ 7,94 trilhões, o que representa aumento de R$ 55,8 bilhões no período.

O estoque da dívida inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional nesta 4ª feira (27.ago.2025). Leia a íntegra da apresentação (PDF – 1,8 MB).

Segundo o Tesouro, a variação se deu pela emissão líquida de R$ 33,81 bilhões e pela apropriação positiva de juros que totalizou R$ 89,6 bilhões.

No mês anterior, atingiu R$ 7,88 trilhões. A dívida pública é emitida pelo governo federal para financiar o deficit orçamentário, ou seja, para cobrir as despesas que superam a arrecadação com impostos, contribuições e outras receitas.

O indicador é considerado uma das principais referências para a avaliação da capacidade de pagamento do país pelas agências globais que avaliam grau de investimento.

DÍVIDA BRUTA

O percentual da dívida pública em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), foi a 76,6% em junho, de acordo com o BC (Banco Central). O endividamento se manteve praticamente estável na comparação com maio.

Novos dados sobre a DBGG (dívida bruta do governo geral), como é conhecido o indicador, serão divulgados pela autoridade monetária na 6ª feira (29.ago).

O BC tem uma metodologia mais ampla, uma vez que inclui títulos do governo com a autoridade monetária e débitos dos governos estaduais e municipais.

RESERVA DE LIQUIDEZ

A reserva de liquidez do Tesouro Nacional registrou R$ 988,35 bilhões em julho –queda de 4% em relação a junho, quando o resultado foi de R$ 1,03 trilhão. O índice corresponde a 7,75 meses de vencimento da dívida.

A reserva é o dinheiro em caixa destinado exclusivamente ao pagamento da dívida e o saldo disponível dos recursos vindos da emissão de títulos. Na comparação com julho de 2024, houve queda de 11,2%. Há 1 ano, a reserva era de R$ 1,11 trilhão.

DETENTORES DA DÍVIDA

Eis como se dá a participação dos detentores da dívida pública em julho:

31,3% – instituições financeiras;
23,5% – Previdência;
21,7% – fundos;
13,7% – outros grupos;
9,9% – não residentes;
3,7% – seguradoras;