Houve aumento de 329% na degradação florestal no mesmo período; dados são do Imazon
O desmatamento na Amazônia Legal aumentou 18% de agosto de 2024 a março de 2025, na comparação com os mesmos meses de 2023 e início de 2024. O período engloba os 8 primeiros meses do chamado “calendário do desmatamento”, que vai de agosto de um ano a julho do ano seguinte.
Segundo os dados divulgados nesta 6ª feira (25.abr.2025) pelo instituto de pesquisa Imazon, foi registrado também aumento de 329% na degradação florestal no período, na comparação anual. Foram 34.013 km² degradados de agosto de 2024 a março de 2025 –o maior número da série histórica, iniciada em 2008.
Desmatamento é a remoção total da vegetação para que a área seja usada em atividades como a pecuária. A degradação se dá quando a floresta sofre danos parciais por ações como queimadas ou extração de madeira.
A degradação florestal passou de 7.925 km² de agosto de 2023 a março de 2024 para 34.013 km² de agosto de 2024 a março de 2025.
“Isso se dá principalmente por causa das grandes áreas atingidas por queimadas nos meses de setembro e outubro de 2024”, diz o Imazon.
Conforme dados do monitoramento por imagens de satélite do Imazon, a área desmatada passou de 1.948 km² de agosto de 2023 a março de 2024 para 2.296 km² de agosto de 2024 a março de 2025.
“Apesar do aumento, essa devastação é quase 60% menor do que a registrada de agosto de 2020 a março de 2021, quando foram desmatados 5.552 km² –a maior destruição desde 2008, quando iniciou o monitoramento”, disse o Imazon.
“Mesmo que os indicadores estejam abaixo desses picos, o crescimento observado em 2025 é um sinal de alerta. Estamos em uma janela de tempo que pode permitir a reversão desse cenário, onde as chuvas são mais frequentes na região. Logo, os distúrbios na floresta não são tão intensos quando comparamos com os meses mais secos, como de junho a outubro. Por isso, é preciso agir com urgência”, disse a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim.
Apenas em março de 2025, o desmatamento da Amazônia atingiu 167 km², uma alta de 35% em relação ao mesmo mês do ano passado. Entre os Estados, Mato Grosso liderou a destruição em março, com 65 km² perdidos (39%). Em seguida estão Amazonas, com 39 km² (23%), e Pará, com 29 km² (17%).
“Ou seja: apenas esses 3 Estados concentraram 80% de toda a destruição registrada na Amazônia no mês”, disse o Imazon.
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Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-sustentavel/desmatamento-cresce-18-de-agosto-a-marco-na-amazonia/