Planejamento afirma que, mesmo se o crescimento for nulo no 2º semestre, o PIB do Brasil terá alta de 2,0% em 2025
O Ministério da Fazenda, via SPE (Secretaria de Política Econômica), disse nesta 3ª feira (2.set.2025) que a desaceleração da economia brasileira no 2º trimestre era “esperada”. A equipe econômica deve reduzir a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2025, que atualmente está em 2,5%.
Leia os relatórios da equipe econômica:
O crescimento do PIB do Brasil desacelerou de 1,3% no 1º trimestre para 0,4% no 2º trimestre na comparação com o trimestre anterior. O resultado ficou levemente acima da mediana das projeções dos analistas (+0,3%).
A SPE disse que já estimava um crescimento de 0,4% do PIB no 2º trimestre em relação ao trimestre anterior. Afirmou, porém, que houve um recuo “menos intenso” do PIB agropecuário (-0,1%). Já o PIB industrial (+0,5%) ficou abaixo do projetado pela equipe econômica do governo.
A SPE declarou que espera um ritmo de crescimento no 3º trimestre “pouco inferior” ao observado no 2º trimestre.
Em julho, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o PIB do Brasil deve crescer 2,5% em 2025.
A equipe econômica declarou, agora, que a estimativa tem “leve viés de baixa devido à desaceleração mais acentuada do crescimento no 2º trimestre comparativamente ao esperado em julho”.
E completou: “Embora a desaceleração nas concessões de crédito venha se acentuando nos últimos meses, junto com o aumento das taxas de juros bancárias e na inadimplência, o mercado de trabalho segue resiliente, podendo impulsionar a atividade junto ao pagamento dos precatórios e à recente expansão do crédito consignado ao trabalhador”, disse a SPE.
ECONOMIA BRASILEIRA
A taxa de investimento do Brasil totalizou 16,8% do PIB no 2º trimestre. Ficou acima do registrado no mesmo período do ano passado (16,6%). Já a taxa de Poupança foi de 16,8%, ante 16,2% do 2º trimestre de 2024.
Do lado da oferta, o setor de serviços puxou a alta, com crescimento de 0,6% no 2º trimestre em relação ao 1º trimestre. A indústria subiu 0,5%. A agropecuária caiu 0,1%.
Do lado da demanda, o consumo das famílias subiu 0,5% no 2º trimestre em relação ao anterior. O consumo do governo recuou 0,6%.
PIB EM 1 ANO
O PIB do Brasil acumulou 1 ano com taxa anualizada superior a 3,0%. Desacelerou de 3,5% no 1º trimestre para 3,2% no 2º trimestre.
O Brasil mantém-se como a 10ª maior economia do mundo, patamar registrado no fim de 2024.
Levantamento da Austin Rating mostra que o PIB nominal foi de US$ 2,13 trilhões. No top 10, a Índia (US$ 4,187 trilhões) ultrapassou o Japão (US$ 4,186 trilhões).
O Ministério do Planejamento disse que o resultado do PIB do 2º trimestre foi positivo, porque, na hipótese de crescimento nulo para o restante de 2025, o PIB de 2025 fecharia com crescimento real de 2,0% neste ano.
“A retração da agropecuária foi o destaque negativo pelo lado da oferta. Serviços mostraram relativa resiliência. No setor industrial, embora tenha havido crescimento, a alta foi concentrada no segmento das Indústria Extrativas. Os demais componentes registraram queda”, disse o relatório.
Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-economia/desaceleracao-da-economia-era-esperada-diz-fazenda/