Sâmia Bomfim (Psol) pede responsabilização de estudantes de medicina da Santa Marcelina e ações contra a cultura do estupro
A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) protocolou, na 3ª feira (18.mar.2025), uma notícia de fato no MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) contra a AAAPV (Associação Atlética Acadêmica Pedro Vital) e estudantes de medicina da Faculdade Santa Marcelina.
O pedido foi motivado por uma foto tirada durante um evento esportivo no sábado (15.mar), em que um grupo de alunos segurava uma faixa com a frase “entra porra, escorre sangue”, em alusão ao crime de estupro. A atividade era voltada para os calouros e seu durante uma programação da atlética.
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A frase na faixa teria sido inspirada em uma letra de música banida pela instituição em 2017. A letra fazia apologia à violência sexual e continha expressões desrespeitosas, como “entra porra e sai sangue”, além de referências explícitas à violência contra mulheres
A deputada cobrou do MP a notificação da atlética e da faculdade para que prestem esclarecimentos e identifiquem os responsáveis, além de adotar medidas para combater a cultura do estupro no ambiente universitário.
“A universidade deve ser um espaço seguro e respeitoso para todos. A utilização de frases que fazem apologia ao estupro e desprezam o gênero feminino não pode ser tolerada. Os responsáveis devem ser punidos, não apenas no ambiente acadêmico, mas também perante a sociedade”, afirmou o documento encaminhado ao MP.
A direção da Faculdade Santa Marcelina informou que instaurou uma sindicância interna para investigar o caso, com possibilidade de suspensão ou expulsão dos alunos envolvidos.
A AAAPV, por sua vez, pediu desculpas e anunciou o afastamento de sua gestão 2025, alegando que a faixa teria sido confeccionada pelos calouros.