Decisão segue diretrizes da administração de Donald Trump que determinou o fim dos programas de diversidade
A consultoria Deloitte anunciou na 2ª feira (10.fev.2025) o fim dos seus programas de diversidade, equidade e inclusão. Além disso, solicitou aos seus funcionários envolvidos em contratos governamentais dos Estados Unidos que excluam pronomes de gênero de suas assinaturas de e-mail. As informações são do jornal digital San Francisco Standard.
A decisão reflete as diretrizes políticas e regulamentações da administração do presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), que emitiu ordens executivas visando a eliminar programas de diversidade, equidade e inclusão no governo federal e no setor privado.
Em comunicado interno, o diretor de Pessoas da Deloitte, Doug beaudoin, afirmou que a mudança busca “garantir que cumpramos com seus requisitos, tanto como uma empresa privada quanto como um contratante do governo”. A empresa reafirmou seu compromisso com práticas de contratação justas e não descriminatórias.
Ordem executiva de Trump
A ordem executiva de Trump que suspendeu o financiamento de programas que promoviam a “ideologia de gênero”, embora não afete diretamente empresas privadas, estabelece critérios para a concessão de contratos federais.
A partir disto, várias empresas, incluindo Google, Meta e Amazon, reduziram suas iniciativas de diversidade para se alinhar às novas diretrizes governamentais e evitar possíveis implicações legais.
Outras empresas, no entanto, já vinham adotando medidas desde junho de 2024, quando ficou mais claro que Trump poderia vencer a eleição nos EUA.
Neste contexto, em junho de 2023, a Suprema Corte dos Estados Unidos havia derrubado programas de admissão de ação afirmativa que consideram a raça como um fator para ingressar na Universidade Harvard e na Universidade da Carolina do Norte.
O Poder360 preparou um infográfico com a lista as companhias que tomaram essa iniciativa:
A decisão segue uma tendência do mercado norte-americano. Empresas como Walmart, John Deere e Harley-Davidson reduziram suas iniciativas de diversidade em 2024.
A reversão dessas políticas vem 3 anos depois de um período de expansão dessas iniciativas. Em 2020, grandes corporações dos EUA ampliaram seus programas de inclusão em resposta a protestos contra a violência policial contra cidadãos negros, incluindo o caso de George Floyd.