Deficit comercial do Brasil com EUA cresce 608% em 2025

Os brasileiros importaram mais do que exportaram dos norte-americanos US$ 2,3 bilhões de janeiro a julho de 2025; no mesmo período de 2024, o saldo negativo foi de US$ 318,5 milhões

O Brasil importou mais do que exportou dos EUA US$ 2,3 bilhões de janeiro a julho de 2025. Houve um aumento de 608% no deficit para os brasileiros na balança comercial com os norte-americanos na comparação com o mesmo período em 2024, quando o saldo negativo foi de US$ 318,5 milhões.

Só em julho deste ano, houve um deficit de US$ 559,6 milhões. No mesmo mês de 2024, o saldo negativo foi de US$ 38,9 milhões –alta de 1.338,6%. Os dados divergem de declaração do presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), sobre o tema.

Em 9 de julho, o chefe do Executivo norte-americano disse que o país tem um deficit comercial com o Brasil. A afirmação foi feita para justificar uma tarifa de 50% sobre mercadorias brasileiras, que passou a valer em 6 de agosto.

Desde 2009, os norte-americanos têm uma relação superavitária na balança comercial com o Brasil.

Exportações crescem 4,2%

Mesmo com a tarifa geral de 10% sobre produtos brasileiros em vigor desde 5 de abril, as vendas aos EUA registraram alta de 4,2%. O Brasil exportou US$ 22,8 bilhões de janeiro a julho de 2024 em comparação a US$ 23,7 bilhões no mesmo período deste ano.

Importações avançam 12,6%

O Brasil comprou dos EUA US$ 26,0 bilhões de janeiro a julho de 2025. Representa um aumento de 12,6% em relação ao mesmo período em 2024.

Em valores, as importações cresceram US$ 2,9 bilhões na comparação com janeiro a julho do ano passado.

Exportação de petróleo cai 18%

O petróleo bruto é o principal item exportado aos EUA e está entre os quase 700 produtos poupados da taxação adicional de 40%. Mesmo assim, houve queda de 18% nas vendas ao país norte-americano em 2025 ante 2024.

No acumulado de janeiro a julho do ano passado, as exportações de petróleo bruto totalizaram US$ 3,5 bilhões. Em 2025, somaram US$ 2,9 bilhões.

Outros itens com uma sobretaxa maior registraram alta nas exportações. Foi o caso do café não torrado, que tem uma tarifa cheia de 50%.

De janeiro a julho do ano passado, as exportações do produto para os EUA somaram US$ 964 milhões ante US$ 1,3 bilhão no acumulado deste ano –alta de 34,6%.

Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-economia/deficit-comercial-do-brasil-com-eua-cresce-608-em-2025/

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