Levantamento do setor diz que 73% das estadas estão sendo construídas fora dos grandes centros urbanos
O setor de hotelaria investirá R$ 10,6 bilhões em novos projetos em 2025, segundo a 19ª edição do Panorama da Hotelaria Brasileira.
O levantamento foi realizado pela consultoria HotelInvest em parceria com o FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil). Os dados foram colhidos com base no desempenho de 187 hotéis, 29 redes de hotelaria e 32.755 unidades habitacionais. Eis a íntegra (PDF – 9 MB).
O Panorama afirma que, apesar de cancelamentos ocasionados pela elevação da taxa de juros, o setor continuou a se desenvolver. O número de projetos hoteleiros em desenvolvimento em 2025 se equipara ao de 2020. Eram 169, e agora são 152.
EM OBRAS
As redes hoteleiras já existentes concentram seus projetos no Sudeste (50%), no Nordeste (20%) e no Sul (20%).
Das 151 plantas em desenvolvimento, 73% estão localizadas em cidades interioranas. 24% estão nas capitais, e 3% em regiões metropolitanas. As novas unidades seguem a tendência de valorização de projetos das categorias midscale, upscale e luxo, que correspondem, respectivamente, a hotéis de padrão intermediário, superior e de alto padrão, segundo o levantamento
São Paulo lidera o número de hotéis em desenvolvimento, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já estados como Amapá, Sergipe, Paraíba e Espírito Santo não registram projetos das redes hoteleiras.
DESAFIOS
Segundo o levantamento, a hotelaria precisa conviver com um “cenário mais cauteloso devido aos desafios econômicos e ao custo elevado de construção”. Segundo o estudo, investidores buscam alternativas de desenvolvimento imobiliário fora do setor por causa dos juros altos e valores de construção.
A alta da Selic foi citada como a principal dificuldade por 27% dos entrevistados pela consultoria. Em 2º lugar, com 24% das respostas, os altos custos das obras. Já a falta de financiamento é uma preocupação para 19% dos desenvolvedores hoteleiros.
“As redes devem focar na criação de valor e na comunicação dos benefícios gerados sem esquecer da eficiência operacional”, diz a HotelInvest.