Marcas de bebidas adotam posições distintas em seus programas, em um contexto de crescente pressão política e legal nos EUA
A Coca-Cola informou em um relatório anual que os negócios da empresa podem ser afetados de forma negativa se a companhia for incapaz de atrair funcionários que reflitam a diversidade do público que consome seus produtos.
“A falha em manter uma cultura corporativa que promova inovação, colaboração e inclusão […] pode afetar as nossas operações e afetar negativamente os nossos negócios e o nosso sucesso no futuro”, disse a Coca-Cola. As informações são da Associated Press.
Em seu site de diversidade e inclusão, a Coca-Cola diz que um dos seus objetivos que metade dos cargos de liderança sênior seja ocupada por mulheres até 2030. Dados do final de 2023 (leia na tabela abaixo) indicam que esse percentual estava em 41,5%.
Se preferir, leia aqui a íntegra do relatório da Coca-Cola (PDF – 181 kB).
COCA-COLA DEFENDE, PEPSI CORTA
A decisão da Cola-Cola vai de encontro ao anúncio de 6ª feira (21.fev.2025) da PepsiCo, gigante que atua no mesmo setor. Em comunicado enviado aos funcionários, o CEO Ramon Laguarta informou que a empresa não terá mais metas de representatividade em cargos de gerência ou entre os fornecedores.
Laguarta informou também, segundo a Associated Press, que a empresa alinhará seus patrocínios a eventos que ajudem no crescimento dos negócios da empresa. Ele teria dito, no entanto, que a inclusão continua sendo importante para a PepsiCo.
A PepsiCo é uma de várias empresas nos Estados Unidos que decidiram acabar com suas políticas de equidade. Levantamento do Poder360 (leia no infográfico mais abaixo) mostra que foram ao menos 18 desde junho de 2024.
As medidas ocorreram em um contexto de crescente pressão política e legal nos EUA, principalmente após a posse do presidente Donald Trump (Partido Republicano), em janeiro de 2025.
Amazon e Meta anunciaram as mudanças em seus programas de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) em 10 de janeiro de 2025, dez dias antes da posse. Os CEOs Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, foram à cerimônia no Congresso norte-americano.
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