Departamento de estatísticas diz que novos detalhes sobre o crescimento econômico serão liberados “em breve”; Banco Mundial eleva projeção de expansão para 2024
A China revisou para cima o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023. O valor divulgado inicialmente indicava que a economia movimentou 126 trilhões de yuans (moeda local). A nova estimativa é de 129,4 de yuans, um crescimento de 3,4 trilhões de yuans.
O Departamento Nacional de Estatísticas do país informou o novo cálculo na 5ª feira (26.dez.2024). Segundo o órgão, mais detalhes sobre as estimativas serão divulgados “em breve”. Eis a íntegra do comunicado (em inglês, PDF – 270 kB).
Em termos percentuais, a injeção dos 3,4 trilhões de yuans representa uma alta de 2,7% em relação ao valor anterior.
O crescimento total do PIB na comparação com o mesmo período de 2022, ainda será divulgado. Esse índice é o mais usado para analisar o crescimento econômico. O resultado oficial, apresentado em janeiro de 2024, dizia que a variação foi de 5,2%. Esse valor deve aumentar com a revisão.
O Produto Interno Bruto é a soma de tudo o que o país produziu em determinado período. É um dos indicadores mais importantes do desempenho de uma economia.
O governo do presidente Xi Jinping se tem um objetivo de ter um crescimento anual próximo de 5% em cada ano em 2025.
O desempenho econômico da China tem impacto significativo na economia global, principalmente para países exportadores de commodities e para o comércio da Ásia. Em 2023, o país respondeu por cerca de 18% do PIB mundial, mantendo-se como a segunda maior economia do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos.
PIB: 2024 E 2025
Apesar disso, o Banco Mundial aumentou para cima as perspectivas de crescimento para este ano. Passou de 4,8% para 4,9%.
O cenário econômico chinês em 2024 foi marcado pela crise imobiliária e pela fraca demanda doméstica. Projeções de agentes financeiros mostram que o PIB deve desacelerar no ano.
Para 2025, a instituição ajustou a projeção de crescimento para 4,5%, superior à estimativa anterior de 4,1%. O relatório indica que o crescimento mais lento da renda das famílias e a queda dos preços dos imóveis devem afetar o consumo até 2025.