Moeda norte-americana terminou o dia em queda de 0,3%; mercado está de olho no pacote fiscal de Trump e nos dados econômicos dos EUA
O Ibovespa fechou nesta 5ª feira (3.jul.2025) muito próximo dos 141 mil pontos e renovou recorde. Em termos exatos, o principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) ficou aos 140.927,86 pontos com alta de 1,35% no dia.
As Bolsas mais relevantes dos Estados Unidos também terminaram com saldo positivo. O destaque é a Nasdaq (+1,02%).
Os outros índices globais fecharam em alta, como mostra o infográfico abaixo:
O dólar encerrou em queda de 0,29%, cotado a R$ 5,405. É o menor valor desde 14 de junho de 2024, quando estava a R$ 5,382.
O PACOTE DE TRUMP
O mercado está atento especialmente à economia dos Estados Unidos. O Congresso do país aprovou o “grande e lindo projeto de lei” do presidente Donald Trump (Partido Republicano).
Por 218 votos a 214, a versão com mudanças do Senado passou pela Câmara dos Representantes nesta 5ª feira (3.jul). Segue para sanção presidencial.
O texto estende permanentemente o “Tax Cuts and Jobs”. Estabelecida em 2017, a medida diminuiu taxas corporativas –antes de 35%, passou a ser 21%– e para pessoas físicas.
O pacote fiscal também propõe isenção de impostos sobre gorjetas, horas extras e juros de empréstimos para carros.
O governo dos EUA defende que as mudanças são positivas para a economia porque menos tributos produzem mais alívio financeiro para as famílias. Assim, o consumo seria fortalecido.
A principal crítica é o impacto nas contas públicas. Segundo o CBO (Escritório de Orçamento do Congresso), o projeto de Trump adicionará US$ 3,3 trilhões ao deficit público em 10 anos.
EMPREGO NOS EUA
O país divulgou dados sobre o mercado de trabalho. Os Estados Unidos criaram 147 mil vagas de emprego em junho de 2025. O resultado veio alinhado às estimativas dos agentes financeiros.
A taxa de desemprego ficou em 4,1%. Representa uma queda de 0,1 ponto percentual ante o mês anterior, quando o indicador ficou em 4,2%.
A variação mínima dos indicadores pode ser uma sinalização de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) comece a cortar os juros. Isso fortalece o mercado de risco.