Saldo de janeiro a junho foi positivo em US$ 30,1 bilhões, segundo dados do Ministério da Indústria
A balança comercial brasileira teve superavit de US$ 30,1 bilhões no 1º semestre de 2025. É o menor saldo para o indicador nos 6 primeiros meses do ano desde 2020, quando foi de US$ 22,3 bilhões.
O resultado de 2025 representa uma queda de 27,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo foi de US$ 41,6 bilhões.
Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (4.jul.2025) pela Secretaria de Comércio Exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). Eis a íntegra da apresentação (PDF – 9 MB).
O saldo do semestre foi composto por:
exportações – US$ 165,9 bilhões (queda anual de 0,7%);
importações – US$ 135,8 bilhões (alta anual de 8,3%).
Os dados mostram que o Brasil exportou mais do que importou nos primeiros 6 meses do ano. Ou seja, vendeu mais produtos ao exterior do que comprou.
Apesar disso, a quantidade de exportações está desacelerando. Na contramão, as importações cresceram.
Ao considerar só o mês de junho, o saldo foi positivo em US$ 5,9 bilhões. Representa uma quada de 6,9% ante os US$ 6,3 bilhões no mesmo período de 2024.
O resultado ficou abaixo das expectativas. Agentes financeiros, consultorias e economistas consultados pelo Poder360 esperavam um superavit em torno de US$ 6,5 bilhões em junho.
EXPORTAÇÕES
Os resultados por setores da atividade econômica no 1º semestre e a variação anual foram:
indústria de transformação – US$ 88,5 bilhões (+4,7%);
agropecuária – US$ 39,1 bilhões (-0,6%);
indústria extrativa – US$ 37,3 bilhões (-11,8%).
Eis os montantes de junho:
indústria de transformação – US$ 15,8 bilhões (+10,9%);
agropecuária – US$ 6,9 bilhões (-10,0%);
indústria extrativa – US$ 6,2 bilhões (-6,2%).
IMPORTAÇÕES
Os resultados por setores da atividade econômica no 1º semestre e a variação anual foram:
bens intermediários – US$ 81,2 bilhões (10,7%);
bens de capital – US$ 21,0 bilhões (27,3%);
bens de consumo – US$ 20,9 bilhões (3,5%);
combustíveis – US$ 12,6 bilhões (-17,8%).
Eis os dados para o mês:
bens intermediários – US$ 13,7 bilhões (8,4%);
bens de consumo – US$ 4,2 bilhões (-3,8%);
bens de capital – US$ 3,4 bilhões (11,6%);
combustíveis – US$ 2,0 bilhões (-16,0%).