Conflito chega ao 4º dia e já soma mais de 240 mortes; declarações de autoridades ampliam os temores de escalada regional
O serviço nacional de emergência de Israel informou, na madrugada desta 2ª feira (16.jun.2025), que ao menos 8 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas depois de ataques aéreos realizados pelo Irã. Segundo informações da agência de notícias Reuters, os mísseis teriam atingido locais em Tel Aviv e em Haifa.
Desde o início do conflito entre os países, que entrou no 4º dia, Israel soma 24 mortos e 592 feridos, sendo 10 em estado grave. Segundo o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), o Irã já disparou 370 mísseis e centenas de drones, atingindo 30 locais.
No domingo (15.jun), o ministério da Saúde do Irã informou que 224 pessoas morreram e 1.277 foram hospitalizadas desde o início das hostilidades, sendo a maioria civis.
Nesta 2ª feira (16.jun), o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou em postagem no X que “não há intenção” de causar danos físicos aos moradores de Teerã.
“Gostaria de esclarecer o que deveria ser óbvio: não há intenção de prejudicar fisicamente os residentes de Teerã, ao contrário do que o ditador assassino [do Irã] está fazendo com os cidadãos de Israel”, disse Katz.
Horas antes, depois dos ataques iranianos a Israel, o ministro havia dito que os moradores de Teerã “pagarão o preço, e logo”.
A mídia iraniana informou no início do domingo (15.jun) que o país havia enviado “centenas” de mísseis visando edifícios residenciais e infraestruturas em Israel. Tanto o Irã quanto Israel alertaram os residentes do outro país a evacuarem as áreas próximas a importantes instalações.
Como se trata de uma guerra, não há como verificar esses números de forma independente. O Poder360 divulga os dados fornecidos por ambos os lados.
INÍCIO DO CONFLITO
A ofensiva de Israel começou na 6ª feira (13.jun), no horário local. Tel Aviv afirma que o Irã está avançando no desenvolvimento de armas nucleares, o que considera uma ameaça direta à sua existência.
A Guarda Revolucionária do Irã declarou que os ataques tinham como alvo instalações militares israelenses usadas para bombardear o território iraniano.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse em mensagem gravada na 6ª feira (13.jun) que o país não permitirá que Israel “escape com segurança” do “grande crime” que cometeu.
O premier israelense prometeu que a campanha militar vai durar “o tempo que for necessário” e pediu que a população se prepare para um período difícil.
Em vídeo publicado na noite de 6ª feira (13.jun), Netanyahu afirmou que o Irã “nunca esteve mais fraco” e que a operação tem como objetivo conter a ameaça iraniana à sobrevivência de Israel.
Segundo o premiê, os planos para o ataque foram traçados em 2024, depois da morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, aliado do Irã no Líbano. A ofensiva estava inicialmente marcada para abril, mas foi adiada.
O confronto representa a maior escalada em décadas nas relações entre Irã e Israel, aumentando os temores de um conflito regional mais amplo, com possível envolvimento dos EUA e de outras potências.