Senador afirma que não há a possibilidade de o Congresso aceitar alta do imposto se a população de baixa renda não estiver isenta
O senador e presidente do PP Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que o Congresso não aceitará o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) caso ele afete a população de baixa renda.
“Se quiser cobrar IOF de quem gasta no exterior, não tem problema, isso a gente pode colocar nessa discussão. Mas as pessoas de baixa renda não podem mais ser sacrificadas no nosso país”, declarou em entrevista à GloboNews nesta 4ª feira (9.jul.2025).
O senador piauiense criticou a postura do governo federal na condução da questão fiscal. Segundo ele, “não é possível que, em um orçamento de mais de R$ 1 trilhão, não tenha nada para ser enxugado”.
Nogueira, que foi ministro da Casa Civil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também questionou a veracidade das informações divulgadas pelo atual governo.
“O governo que assuma a responsabilidade falando a verdade, não vindo para a população mentir dizendo que o IOF não afeta a população de baixa renda, que é uma fake news que foi espalhada, uma narrativa. Essa história de jogar rico contra pobre”, afirmou.
GLEISI REBATE
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), disse que Nogueira divulgou informações falsas sobre o decreto do IOF durante a entrevista ao GloboNews.
Gleisi contestou as afirmações do presidente do PP sobre os possíveis impactos do decreto nas operações de crédito para pessoas físicas. “A medida não afeta e nunca afetou o crédito das pessoas físicas, que não teve alteração”, afirmou a ministra.
A ministra apresentou dados comparativos, indicando que a alíquota proposta para transações internacionais seria de 3,5%, enquanto no governo anterior a taxa chegava a 6,38%.
“Falar mentiras como essa, na TV e nas redes sociais, não é fazer oposição ao governo. É trabalhar contra o país, o que marcou o desgoverno em que Ciro Nogueira foi ministro. O governo de Lula trabalha por justiça tributária”, escreveu.