Previsão é de chuva fraca ou moderada neste domingo (6.abr); cidades seguem em alerta por alto risco de deslizamentos
As prefeituras de Angra dos Reis (RJ) e Petrópolis (RJ) decretaram “situação de emergência” por causa das fortes chuvas que atingiram os municípios fluminenses na 6ª feira (4.abr.2025) e no sábado (5.abr.). Segundo último boletim divulgado pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), às 10h10 (horário de Brasília) deste domingo (6.abr), as duas cidades mantêm nível “muito alto” para riscos de deslizamentos.
Além de Angra e Petrópolis, estão com risco de deslizamento “alto” as seguintes cidades do Rio de Janeiro:
Duque de Caxias;
Mangaratiba;
Teresópolis;
Rio.
O Cemaden também informou sobre as cidades em risco hidrológico, ou seja, em risco de serem atingidas por cheias, transbordamento de rios, inundações e enxurradas.
Está em nível “muito alto” a cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em nível “alto“, estão os municípios de:
Angra dos Reis;
Mangaratiba;
Nova Iguaçu;
São João de Meriti;
Belford Roxo;
Magé;
Petrópolis;
Nova Friburgo;
Teresópolis.
Angra dos Reis
A Prefeitura de Angra dos Reis informou que o volume de chuva registrado na cidade ultrapassou os 324 mm em 24h e 357 mm em 48h, provocando “alagamentos, deslizamentos, transbordamento de rios e danos em diversas áreas da cidade“. A previsão para este domingo (6.abr) é de chuva fraca ao longo do dia.
De acordo com a Defesa Civil, 346 pessoas ficaram desalojadas e alertas via SMS ou sirenes foram emitidos em 46 bairros. Em todo o município, 36 pontos de apoio estão em funcionamento, incluindo 4 abrigos.
O prefeito Cláudio Ferretti (MDB) disse ter ficado em contato com o governador Cláudio Castro (PL) para alinhar as ações e intensificar os esforços para responder aos temporais.
No sábado (5.abr), funcionários da Defesa Civil chegaram a resgatar moradores ilhados nos alagamentos em botes, depois que os rios Japuíba e Caputera transbordaram por causa do alto volume de chuvas.
Assista (16s):
🇧🇷 🇧🇷 🌧️ Fortes chuvas em Angra dos Reis/RJ, Bairro Mumbuca. As águas chegaram acima de 4 metros em vários pontos da cidade, localizada na região Sul do Estado do Rio De Janeiro. pic.twitter.com/cnjVsFIRPg
— BRASIL ALÉM DO BRASIL (@brasil_alem) April 6, 2025
Segundo o boletim (PDF – 580 kB), publicado no sábado (5.abr), o decreto da situação de emergência tem como objetivo permitir ao município acessar “recursos estaduais e federais, realizar compras emergenciais, convocar voluntários e adotar medidas imediatas de proteção à população, como evacuação de áreas de risco e uso de propriedades em situações emergenciais“.
Petrópolis
Segundo a Prefeitura de Petrópolis, a cidade registrou, em 24h, mais de 300 mm de chuva na região do São Sebastião. Além disso, foram registrados 296,8 mm no Independência, 295,81 mm no Alto da Serra e 248,2 mm no Chácara da Flora. A previsão do tempo para este domingo (6.abr) é mais amena: céu encoberto, com chuva de fraca a moderada ao longo do dia.
No sábado (5.abr), a prefeitura atendeu 99 chamadas por causa de alagamentos, deslizamentos, quedas de árvores e postes, rolamento de blocos e problemas em vias. Não foram registradas vítimas.
O centro histórico da cidade foi atingido por alagamentos, interditando várias vias, entre elas a Rua do Imperador. A Defesa Civil acionou a sirene de alerta por 3 vezes no sábado (5.abr): uma, para o risco de inundação do centro da cidade; e duas para o risco de deslizamentos nas regiões de Alto da Serra, Vila Felipe, São Sebastião e Alto Independência.
Assista (1min24s):
Petrópolis, Rio de Janeiro. pic.twitter.com/5PNJdst0xa
— Antonio Cunha (@AntonioCunha79) April 6, 2025
Segundo afirmou o prefeito Hingo Hammes (PSD) em nota, a motivação para decretar a situação de emergência é “conseguir recursos, principalmente do governo federal, para restabelecimento da cidade, que foi muito afetada, em especial nas regiões do Alto da Serra e Independência“. Leia a íntegra do decreto, publicada em edição extraordinária do DO (Diário Oficial) de Petrópolis. (PDF – 815 KB)
O texto prevê o pedido de veículos, máquinas e equipamentos junto a entidades privadas e públicas; a contratação de pessoal para prestação de serviços necessários; além da compra de alimentos e insumos para atendimento das pessoas atingidas pelas chuvas. O decreto também prevê desapropriações de utilidade pública para garantir o atendimento da população.