Alckmin diz que governo Lula encaminhará nova carta aos EUA

Documento enviado há 2 meses não foi respondido pelo governo norte-americano; vice-presidente diz que reforçará pedidos 

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta 3ª feira (15.jul.2025) que encaminhará uma 2ª carta ao governo dos Estados Unidos para negociar os termos comerciais das relações entre os países. 

Alckmin recebeu nesta 3ª feira (15.jul.2025) representantes da indústria para tratar das tarifas de 50% dos Estados Unidos contra a exportação dos produtos brasileiros. Ele afirmou que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhou uma carta aos EUA há 2 meses com temas comerciais e de informações “confidenciais”. Não foi respondida. O vice-presidente disse que encaminhará um novo documento ao país norte-americano para solicitar um posicionamento do Executivo dos Estados Unidos. 

“Nós enviamos uma carta há 2 meses, uma carta confidencial, sobre tratativas de acordo de entendimento, mas não obtivemos resposta. Vamos encaminhar dizendo: aguardamos a resposta e continuamos empenhados em resolver esse problema”, declarou. 

Alckmin disse que o governo Lula trabalhará para reverter o tarifaço dos Estados Unidos até agosto, quando a medida começa a valer. Afirmou também que, se necessário, tentará prorrogar o prazo imposto por Trump. 

“Nós queremos resolver o problema e o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar neste sentido”, disse Alckmin.“O prazo é exíguo, mas vamos trabalhar para tentar avançar o máximo neste prazo”, completou.

Quem participou da reunião

Os seguintes ministros participaram da reunião: 

Entre os convidados também estavam: 

Ricardo Alban, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria); 
Josué Gomes, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo); 
Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer;
José Velloso, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos); 
Haroldo Ferreira, presidente da Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados);
Janaína Jonas, presidente da Abal (Associação Brasileira do Alumínio);
Fernando Pimentel, da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção); 
Paulo Roberto Pupo, superintendente da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente); 
Armando José Giacomet, vice-presidente da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente);
Paulo Hartung, presidente da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores); 
Rafael Lucchesi, CEO da Tupy; 
Giovanni Francischetto, superintendente da Centrorochas (Associação Brasileira de Rochas Naturais); 
Edison da Matta, diretor jurídico e de Comércio Exterior do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores);
Cristina Yuan, diretora de relações institucionais do Instituto Aço Brasil;
Daniel Godinho, diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG; 
Fausto Varela, presidente Sindifer (Sindicato da Indústria do Ferro no Estado de Minas Gerais); 
Bruno Santos, diretor executivo Abrafe (Associação Brasileira dos Produtores de Ferroligas e Silício Metálico); 
Alexandre Almeida, diretor Rima Industrial.

Eis a íntegra da lista de presentes da reunião (PDF – 89 kB).

Assuntos da reunião

O objetivo da reunião é ouvir as impressões de quem serão os mais afetados pelo tarifaço promovido pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Segundo apurou o Poder360, Lula reforçou aos ministros a necessidade de diálogo com os empresários e de tentar uma saída negociada com os norte-americanos.

A nova política tarifária dos EUA atinge diretamente a indústria brasileira. A Casa Branca argumenta que as tarifas buscam proteger a produção interna norte-americana em setores considerados estratégicos. O governo brasileiro considera a medida inadequada e estuda retaliações com base na Lei de Reciprocidade Econômica. 

Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-economia/alckmin-diz-que-governo-lula-encaminhara-nova-carta-aos-eua/

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