Ahed Tamimi ganhou destaque em 2017 quando, aos 16 anos, deu um tapa em um soldado israelense que invadiu sua aldeia
As tropas israelenses prenderam na 2ª feira (6.nov.2023) a ativista palestina Ahed Tamimi, de 22 anos, em Nabi Saleh, na Cisjordânia. Segundo a agência Reuters, ela foi detida sob suspeita de incitação ao terrorismo. A mãe da palestina, Narimane Tamimi, negou a acusação e disse que a prisão foi baseada em uma postagem falsa feita no Instagram.
A ativista, conforme a Reuters, é considerada uma heroína na Cisjordânia desde a adolescência. Ela ganhou destaque em 2017 quando, aos 16 anos, deu um tapa em um soldado israelense que invadiu sua aldeia. No mesmo ano, ela foi condenada a 8 meses de prisão e foi liberada em julho de 2018.
Os militares de Israel disseram que Ahed “é suspeita de incitar a violência e apelar à realização de atividades terroristas”. Autoridades israelenses argumentaram que a jovem publicou no Instagram uma mensagem “incitante” pedindo “o assassinato de colonos e dizendo que o que [Adolf] Hitler fez [com os judeus] não foi suficiente”.
Segundo a mãe da ativista, Ahed não tem uma conta no Instagram. Narimane disse que há diversos perfis que usam a foto de sua filha.
Ahed faz parte de um grupo que realiza atos contra a ocupação israelense. Seu rosto virou um símbolo da resistência palestina e foi pintado perto da cidade de Belém, em um trecho do muro construído pelos israelenses para separar os territórios da Cisjordânia e de Israel.
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Retrato de Ahed Tamimi em um trecho do muro construído pelos israelenses para separar os territórios da Cisjordânia e de Israel
Conforme a Reuters, ela é uma das centenas de pessoas na Cisjordânia que foram detidas desde que o Hamas atacou Israel em 7 de outubro. Israel justifica as suas detenções na Cisjordânia dizendo que são realizadas para impedir novos ataques.
Fonte: https://www.poder360.com.br/internacional/israel-prende-ativista-simbolo-da-resistencia-palestina/