Candidato peronista avançou ao 2º turno com maioria dos votos e enfrentará economista libertário em 19 de novembro
O ministro argentino da Economia e candidato peronista Sergio Massa (Unión por la Patria) disputará o 2º turno das eleições presidenciais da Argentina contra o deputado libertário Javier Milei (La Libertad Avanza) em 19 de novembro. Leia o perfil completo dos 2 candidatos aqui.
Com 98,54% das urnas apuradas até às 7h desta 2ª feira (23.out.2023), Massa tinha 36,68% dos votos e Milei, 29,98%, segundo dados da Direção Nacional Eleitoral do país.
Eis o resultado parcial:
Sergio Massa (Unión por la Pátria), de esquerda: 36,68%;
Javier Milei (La Libertad Avanza), de direita: 29,98%;
Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), de direita: 23,83%;
Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País), de esquerda: 6,78%;
Myriam Bregman (Frente de Izquierda), de esquerda: 2,70%.
Cerca de 35,8 milhões de eleitores argentinos, sendo 449 mil no exterior, estavam aptos a ir às urnas para escolher quem substituirá o atual presidente Alberto Fernández. Apesar do voto ser obrigatório no país, a participação dos eleitores argentinos foi de 77,65%. Para ser eleito presidente em 1º turno, era necessário conquistar ao menos 45% dos votos válidos –excluídos brancos e nulos– ou 40% com uma diferença de 10 p.p. sobre o 2º colocado.
Veja como foi o dia eleitoral na Argentina:
Javier Milei vota em Almagro, em Buenos Aires; candidato do La Libertad Avanza completa 53 anos neste domingo (22.out.2023) | Reprodução/X – 22.out.2023
O ministro da Economia, Sergio Massa, é um dos candidatos favoritos à Presidência da Argentina; na foto, ele aparece votando na cidade de Tigre
“Peço a todos que votem nestas eleições onde há muito em jogo para o presente e o futuro da Argentina”, escreveu Bullrich em seu perfil na rede social X
Candidato à Presidência e governador da província de Córdoba, Juan Schiaretti, votou na manhã deste domingo (22.out)
Myriam Bregman, candidata da Frente de Izquierda à Presidência da Argentina, vota em Buenos Aires
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que “não importa” se deixará a política depois do fim de seu mandato à frente da Casa Rosada; na imagem, o presidente argentino vota em Puerto Madero
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, vota em Río Gallegos, na província de Santa Cruz
O ex-presidente da Argentina Maurício Macri durante votação nas eleições gerais do país neste domingo (22.out); ele votou no bairro de Palermo, em Buenos Aires
Mais de 35,8 milhões de eleitores argentinos, sendo 449 mil no exterior, estavam aptos para votação no domingo (22.out.2023)
Votação para eleições realizada no consulado geral argentino no Japão; no total, a Argentina tem 449 mil eleitores que residem no exterior
Argentinos registram voto na embaixada do país em Sidney, na Austrália
Argentinos votam na em base na Antártida
| reprodução/X @CamaraElectoral – 22.out.2023
Votação para presidente da Argentina, em Porto Alegre (RS)
Argentinos que moram na Rússia também foram às urnas
Filas se formaram desde cedo em seções eleitores do país
A Argentina é 2ª maior economia da América do Sul e a 22ª no mundo, com o PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 632,77 bilhões, segundo dados de 2022 do Banco Mundial. O país é ainda o 3º maior parceiro comercial dos brasileiros. O Brasil exportou US$ 15,34 bilhões e importou US$ 13,10 bilhões do país vizinho no ano passado, com saldo de US$ 2,24 bilhões.
Leia os discursos dos principais candidatos:
Pesquisas de intenção de voto divulgadas até 14 de outubro, data-limite estabelecida pela lei eleitoral argentina, subestimaram o desemprenho de Massa no 1º turno. Em levantamento da CB Consultora realizado de 9 a 11 de outubro com 4.069 eleitores, o peronista tinha 29,1% das intenções de voto, enquanto Milei registrava 29,9%, situação de empate técnico na margem de erro de 1,5 ponto percentual da pesquisa.
Já em levantamento da Atlas Intel conduzido de 10 a 13 de outubro, Massa tinha 30,9% dos votos ante 26,5% do libertário. A sondagem foi realizada com 5.702 eleitores e teve margem de erro de 1,1 p.p. Leia sobre as pesquisas eleitorais argentinas nesta reportagem.