Segundo reportagem do “Wall Street Journal”, o governo iraniano planeja a ação desde agosto
O governo do Irã negou nesta 2ª feira (9.out.2023) que tenha ajudado o grupo islâmico palestino Hamas a planejar o ataque a Israel no sábado (7.out).
“As acusações ligadas ao papel iraniano se baseiam em razões políticas”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Nasser Kanani, em fala a jornalistas. A informação é do jornal local Arab News.
O porta-voz disse ainda que a república islâmica não intervém “na tomada de decisões de outros países, incluindo a Palestina” e que os palestinos tinham “a capacidade e a vontade necessárias para defender a sua nação e recuperar os seus direitos”.
Ao menos 1.193 pessoas, sendo 700 israelenses e 493 palestinos, já morreram até o momento devido ao conflito.
Segundo reportagem do Wall Street Journal, líderes dos grupos extremistas Hamas e Hezbollah receberam apoio do Irã para atacar Israel. O aval foi dado durante reunião em Beirute, capital do Líbano, em 2 de outubro.
Citando fontes das organizações extremistas, o jornal norte-americano relata que a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã –o Exército do país– planeja o ataque a Israel desde agosto. O envolvimento do Irã na ofensiva, porém, não foi confirmado por autoridades.
Saiba mais sobre a guerra em Israel:
o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel em 7 de outubro –o grupo reivindicou a autoria da ação;
cerca de 2.000 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza; extremistas também teriam se infiltrado em cidades israelenses –há relatos de sequestro de soldados e civis;
Israel respondeu com bombardeios em alvos na Faixa de Gaza;
o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas e falou em destruir o grupo;
o conflito já deixou 1.113 mortos (700 israelenses e 413 palestinos) e centenas de feridos;
líderes mundiais como Joe Biden e Emmanuel Macron condenaram os ataques –entidades judaicas fizeram o mesmo;
Irã e Hezbollah comemoraram a ação do Hamas;
o Itamaraty anunciou que irá pedir uma reunião de emergência na ONU para discutir o conflito;
Lula chamou os ataques do Hamas de “terrorismo”, mas relativizou episódio;
1 brasileiro se feriu e 2 estão desaparecidos em Israel, diz Itamaraty;
haverá uma operação do governo Lula para repatriar brasileiros em áreas atingidas pelos ataques;
Embaixada de Israel no Brasil chamou Hamas de “ramo” do regime iraniano;
Arthur Lira e Rodrigo Pacheco também se pronunciaram e fizeram apelo pela paz;
Bolsonaro repudiou os ataques e associou o Hamas a Lula;
OPINIÃO – Relação Hamas-Irã é obstáculo para a paz, escreve Claudio Lottenberg;
ENTENDA – saiba o que é o Hamas e o histórico do conflito com Israel
FOTOS E VÍDEOS – veja imagens da guerra.
Fonte: https://www.poder360.com.br/internacional/ira-diz-nao-ter-relacao-com-ataque-do-hamas-a-israel/