Grupo apoia o ministro da Fazenda na cruzada contra os juros altos; há expectativa por redução da taxa nesta semana
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se nesta 2ª feira (31.jul.2023) com banqueiros de 4 grandes instituições, às 10h, no escritório do ministério em São Paulo. O encontro é realizado às vésperas da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que poderá reduzir a taxa de juros, atualmente em 13,75%.
O grupo é formado por empresários que apoiam o ministro nas críticas à manutenção do valor da taxa Selic. Desde o início do ano, liderados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), integrantes do governo têm aumentado a pressão sobre o Banco Central, que resistiu durante o 1º semestre a fazer mudanças no patamar dos juros.
Haddad se reunirá com:
Isaac Sidney, presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos);
Milton Maluhy, CEO do Itaú;
Octávio Lazari, CEO do Bradesco;
Mario Leão, CEO do Santander Brazil;
André Esteves, presidente do BTG Pactual.
A reunião do Copom será realizada na 4ª feira (2.jul.2023). Será a estreia dos 2 nomes indicados por Lula para a diretoria do BC:
Gabriel Galípolo, da diretoria de Política Monetária;
Ailton Aquino, da diretoria de Fiscalização.
O comitê é formado por 9 diretores do banco. O mercado espera, em sua maioria, uma redução de 0,25 pontos base para a Selic. O indicador ficaria, então, em 13,5% ao ano com o corte.
A Selic está em 13,75% ao ano desde agosto de 2022. Se não houver corte na 4ª feira, o patamar terá permanecido o mesmo durante 1 ano.
O corte não evitará críticas do governo ao trabalho do Banco Central. Querem uma redução maior dos juros. Para analistas, a Selic terminará em 12% em 2023 e 9% em 2024. Leia abaixo o que espera o mercado com base na mediana das projeções do Boletim Focus.
De acordo com reportagem do portal G1, Haddad deve discutir com os banqueiros os altos juros do rotativo do cartão de crédito.
O BC informou que a taxa média cobrada nessas operações pelos bancos subiu de 417,4% ao ano, em fevereiro, para 430,5% ao ano em março. É o maior nível em 6 anos. A última vez que a modalidade de financiamento ficou mais cara foi em março de 2017, quando registrou 490,3% ao ano.
Fonte: https://www.poder360.com.br/economia/haddad-se-reune-com-banqueiros-as-vesperas-da-reuniao-do-copom/